Reportagem especial da Folha de S.Paulo de 23/2 mostrou que de nada adiantou o mutirão organizado pelo Ministério da Justiça e pelos Conselhos Nacionais de Justiça e do Ministério Público (CNJ e CNMP) para concluir, até o final de 2011, 143 mil inquéritos abertos até dezembro de 2007.
Apenas 28 mil (20%) tiveram um fim e, destes, 80% foram arquivados, sem qualquer solução. O número de casos remetidos ao MP para oferecimento de denúncia foi de parcos 4.652, ou pouco mais de 3% do total. No Rio de Janeiro, nada menos que 96% das investigações foram encerradas sem solução.
A pesquisa não abordou o número de condenações, mas se apenas 3% dos casos chegou à fase de denúncia, é fácil prever que um número baixíssimo tenha terminado com o autor do homicídio punido.
Os especialistas ouvidos pelo jornal foram unânimes: falta investimento nas polícias, em especial em estrutura e perícia. Enquanto os Governos não investem na solução de crimes, quem pode migra para condomínios de luxo que se assemelham a fortalezas. Antes restritos às grandes capitais, tais condomínios agora são comuns em pequenas e médias cidades, como demonstrou a reportagem.
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