terça-feira, 9 de novembro de 2010

Vale a leitura! (Edição nº 150)

– “Sete mil presos em regime fechado deveriam estar no semiaberto em SP” – Correio Braziliense de 7/11;

– “Empresas de seleção apontam aumento da demanda” – Consultor Jurídico de 8/11;

– “Outro advogado-geral da União é favorito ao STF” – Valor Econômico de 4/11 (clipping do Ministério do Planejamento);

– “Decisão do Cade enfrenta mais de 5 anos na Justiça” – Estadão de 5/11;

– “Brasileiro não acha crime baixar música” – Folha de S.Paulo de 30/10 (clipping da OAB-São Bernardo do Campo);

– “Ministério quer que tribunal superior aceite prova moderna” – Valor de 28/10 (clipping do Ministério do Planejamento);

– “Um passo para a lei” – Matéria de O Estado de S.Paulo de 25/10 sobre o Projeto Azeredo de controle da internet.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Espaço Econômico

Os planos e os bancos

Por Fernando Teixeira, especialmente para o Direto na Mídia

Banco no Brasil, Itaú, Bradesco, BNDES, Caixa Econômica Federal e Santander são os bancos, em termos de ativos, segundo classificação do Banco Central. Nesta semana o Bradesco e o Santander exibiram seus balaços. E advinha: novos recordes em lucro líquido.

O Bradesco apresentou lucro líquido recorde no acumulado de nove meses: R$ 7,035 bilhões. As operações do Santander Brasil já representam 25% do resultado global do grupo e no acumulado do ano, o lucro foi de R$ 5,464 bilhões, 39,5% superior ao de 2009.

Conversei com o professor de Economia da Fundação Instituto de Administração (FIA) e presidente da Fractal Instituto de Pesquisa, Celso Grisi sobre o assunto e ele foi taxativo: "será um ano excelente para acionistas e para bancos. Eles crescem mais pela quantidade do que pela base e taxas cobradas. Isto faz com que tenhamos juros melhores e taxas mais competitivas". Não esquecendo que os níveis de inadimplência e as carteiras de crédito tomam proporções inimagináveis há 20 anos.

Há pouco mais de 20 anos, o país era mergulhado em taxas de inflação de três dígitos. Em 1982, para reavivarmos a lembrança, tivemos uma desvalorização de 110,2%, ao mês, da moeda da época. O Brasil precisou cortar nove zeros da moeda entre a década de 1980 até o lançamento do real.

Com o real tivemos controle do antigo dragão e a dona de casa começou a ter poder de compra de itens básicos como alimentação. Foi a primeira revolução econômica. A segunda foi parear o dólar ao real, para mim o motivo para reeleição de Fernando Henrique Cardoso. A classe média, tão indefinida no passado, pode gastar reais na Europa e EUA.

Hoje temos mais uma revolução: a nova classe C, que não consome apenas alimentos ou viaja para o exterior. Ela abre conta em banco, tem cartão de crédito e compra carros, faz viagens com a família toda e agora quer casa própria.

Perceba que falamos de produtos que demandam crédito de longo prazo. Além de fidelizar clientes nos bancos, a economia se aquece, a indústria produz. Ela também chama crédito, principalmente no setor de pequenas e médias empresas. Alguém tem dúvida que os bancos baterão recordes por vários anos?

Fernando Teixeira é jornalista de finanças e autor do Blog do Fernando Teixeira.