sábado, 17 de dezembro de 2016

Mídia cobra que Supremo tenha outra postura

Nesta sexta-feira 16/12, dois dos principais jornais do País publicaram editoriais sobre os últimos acontecimentos que têm balançado as frágeis instituições brasileiras. "A solidez das instituições brasileiras deve ser questionada neste momento particularmente conturbado por que passa o País (...) cabe ao Supremo a grande responsabilidade de arbitrar os conflitos da vida nacional. No entanto, o que se vê é que membros do Supremo estão a ensejar os conflitos que deveriam abafar", escreveu o Estadão.

A Folha de S.Paulo não deixou por menos: "alguns ministros do Supremo, contaminados pela agitação da sociedade, têm-se esquecido de que Legislativo, Executivo e Judiciário são independentes e harmônicos entre si. (...) Trata-se de enorme equívoco".

Ao contrário dos colegas, prestígio de Cármen Lúcia continua alto

O foco dos dois jornais foram as recentes e polêmicas decisões liminares dos ministros Marco Aurélio (afastamento de Renan Calheiros) e Luiz Fux (reinício do processo legislativo das famigeradas 10 medidas contra corrupção). A Folha ainda lembrou da decisão de Gilmar Mendes no começo do ano de suspender a posse do ex-presidente Lula como ministro da Casa Civil do governo Dilma.

Aos poucos, a mídia vai se impacientando com o STF. A exceção parece ser a Globo, que - afirma-se cada vez mais em Brasília - "está animada com a possibilidade de a presidente do Supremo Tribunal Federal, Cármen Lúcia, ser eleita pelo Congresso para presidir o país".
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Confira os editoriais "Momentos esquisitos" do Estadão e "Mais comedimento" da Folha.

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