Os recentes acontecimentos políticos (e criminais) brasileiros têm ocorrido numa velocidade incrível. Os jornais não dão conta de acompanhar os fatos do dia anterior. Quando chegam às casas e às bancas, já foram sucedidos por situações novas, quase sempre nas primeiras horas da manhã do dia seguinte.
Quem tem conseguido acompanhar com maior rapidez são os veículos de internet e sua possibilidade ilimitada de colocar novas notícias "no ar" na medida em que os acontecimentos se desenrolam. O problema do jornalismo online, na busca incansável das chamadas hard news, é outro: a falta de profundidade.
Direito na Mídia, que é um blog destinado a comentar questões jurídicas publicadas na imprensa, não tem como acompanhar tal velocidade. Além disso, correríamos o risco de - tal qual a grande imprensa - praticamente só falarmos em Lava Jato, STF, Sérgio Moro & cia, temas que o leitor pode encontrar em dezenas de fontes diferentes.
Acrescente-se o fato de os ânimos estarem muito acirrados nesse interminável e cansativo Fla X Flu que se tornou a política brasileira, especialmente a partir das Eleições de 2014.
Assim, decidimos não abordar mais tal tema em nossas páginas, salvo se algo realmente extraordinário venha a acontecer. Algo tão ou mais relevante que a atuação dos três promotores paulistas Cássio Conserino, Fernando Henrique Araújo e José Carlos Blat e o despropositado pedido de prisão do ex-presidente Lula.
Em vez de comentarmos a peça elaborada pelo trio, indicamos fortemente a leitura do editorial da Folha de S.Paulo de 12/3, intitulado "Trio de Horrores". Assinamos embaixo a opinião da Folha sobre a "inépcia de suas pretensões", o "puro desejo de obter notoriedade", as "citações risíveis" e a conclusão de que "seria apenas uma patetice, se não fosse um perigo".
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Para os não assinantes da Folha ou do UOL, o editorial foi reproduzido no site do Jornal de Luziânia.
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