Algumas das postagens que mais fazem sucesso neste blog são - sem dúvida - as que comentam sobre sentenças proferidas Brasil a fora e que ganharam repercussão na imprensa.
Foi o que aconteceu com a sentença proferida pelo juiz Carlos Roberto Loiola, dos Juizados Especiais Cíveis de Divinópolis, interior de Minas Gerais, que ensinou a uma rapaz disputado por duas mulheres como mentir para uma quando estiver com a outra.
"Quando tiver na casa de uma e a outra ligar para ele, ao invés de falar a verdade, recomendo que ele diga que está na pescaria com os amigos. Evita briga, litígio, quiprocó e não tem importância nenhuma. Isso não é crime", ensinou o juiz.
A ação versava sobre um pedido de danos morais decorrentes da agressão (unhadas, socos e puxões de cabelo) sofrida por uma das duas amantes. Segundo o magistrado, na audiência, o namorador "veio sorridente, feliz da vida, senhor das moças lá do Halim Souki", momento em que "os olhos das duas se encheram de alegria e esfuziante contentamento com a chegada dele na sala. Dava gosto de ver os olhos delas duas".
Após análise da prova (vale a pena conferir a sentença no ponto da descrição das agressões: "puxada de cabelo e unhada dói muito. Unhada, Deus me livre, dói demais da conta"), reconheceu os danos morais e fixou a indenização em R$ 3 mil. Não sem antes explicar que fixaria em R$ 4 mil, mas reduziu o valor porque a autora chamou a ré de "esse trem".
A sentença foi destaque no Migalhas (confira a íntegra), no Consultor Jurídico e até noticiada em alguns jornais.
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