Antes, falava-se que o Supremo Tribunal Federal (STF) nunca condenava criminalmente um político. A situação mudou, mas nem tanto, como mostra reportagem de Felipe Recondo para o Estadão de 10/12.
"Apesar de já ter condenado cinco deputados desde o ano passado - um deles o crime prescreveu -, até agora nenhum parlamentar acusado da prática de crime foi preso ou começou a cumprir pena por ordem do Supremo", afirmou o jornal.
Dos cinco deputados condenados, três são do PMDB, um do DEM e um do PTB. Três recorreram da decisão do STF, um aguarda a publicação do acórdão e o último acabou beneficiado pela prescrição do crime.
O caso mais emblemático descrito na matéria é o do deputado goiano que, para escapar da pena, recolheu aos cofres da Previdência R$ 750 mil - referentes a contribuições sonegadas por sete anos. O ministro Ayres Britto, relator, rejeitou o recurso, "sob pena de temerário desprestígio da jurisdição criminal", mas o processo foi suspenso por pedido de vista do ministro Luiz Fux.
O STF já deu o primeiro passo. No dia em que efetivar a prisão de um político, será aclamado pela sociedade e pela mídia. Mas, será que é isso que importa?
Nenhum comentário:
Postar um comentário