Interessante
reportagem de Juliano Basile e Yvna Sousa para o Valor
Econômico de 22/11 abordou o assunto, ao comentar estudo da
faculdade de direito da FGV-São Paulo que analisou 100 projetos de
lei onde são propostas 891 formas de punição, das quais 837
envolvem a criação de novas penas.
"Há 309 propostas de reclusão, 199 de detenção e um caso de 'prisão celular' (na qual o sujeito fica em cela individual, sem contato com outros presos). Em apenas um caso, há proposta de redução de pena", destacou a matéria.
Voz sensata na discussão, Marivaldo Pereira, o
secretário de Assuntos Legislativos, explicou que o aumento de pena
não é suficiente para combater a sensação de impunidade. Ao
contrário, multa ou penas alternativas podem ser muito mais
eficientes que o encarceramento, que deveria ser reservado para quem
realmente represente ameaça à sociedade, defendeu Pereira.
Como bem identificado por uma professora da FGV,
"o problema é que a prisão é supervalorizada". Como
exemplo, Direito na Mídia cita o estúpido projeto
de lei que, segundo a reportagem, "pode render seis meses de
prisão para quem toma um copo de chope, mesmo sem causar acidente".
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