A Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra) encomendou uma pesquisa à Universidade Federal de Minas Gerais e ficou alarmada com o resultado.
Dos 706 juízes do trabalho ouvidos, 84% afirmaram levar processos para casa, 70% disseram trabalhar nos finais de semana e 64% nas férias. O que parece ser uma realidade comum de boa parte da população, para a Anamatra é decorrente das metas impostas pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Ainda segundo a pesquisa, 41,5% dos magistrados declararam sofrer de depressão, 17,5% usam medicamentos controlados, 26% estão acima do peso e 24% são obesos.
"Não dá para trabalhar em regime de metas diante desse resultado", afirmou o presidente da entidade, que completou: "isso causa ansiedade e pode desencadear desconforto emocional". Agora só falta a OAB fazer uma pesquisa semelhante com advogados e pedir que os prazos processuais sejam mais elásticos.
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Confira a reportagem de Valor Econômico de 26/5 (clipping do Ministério do Planejamento).
Um comentário:
Tem gente que adora misturar as coisas. Há nesse balaio de gato de tudo. Todas as profissões tem profissionais estressados, obesos, alcoólatras, e até loucos.
Isso não implica em deixar de lado a gestão e o cumprimento das metas propostas. Aliás, esta foi a grande evolução do Judiciário no passado recente.
Hoje se "mede" a eficiência dos juízes e tribunais e em decorrência se pode saber onde chegar (metas).
O lobby corporativo não pode acabar com este avanço, se há casos de depressão, obesidade, que se trate cada caso como único. O que não pode é retroagir para jogar fora uma conquista da sociedade.
Carlo Giovanni Lapolli
Advogado
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