segunda-feira, 27 de junho de 2011

Juiz de Goiás é destaque no dia da parada gay

O juiz Jeronymo Villas Boas, mineiro de nascimento e pastor evangélico como segunda atividade, ganhou destaque no programa Fantástico bem no dia da famosa parada gay de São Paulo. O timing da Globo foi perfeito, uma vez que o magistrado ganhou fama justo ao anular a primeira união estável entre pessoas de mesmo sexo firmada em cartório no Brasil.

O Fantástico entrevistou-o no fórum de Goiânia. O juiz, que afirma não ser homofóbico "de modo algum", deu um exemplo curioso de tolerância ao sugerir que 10 homens homossexuais "fundassem um Estado sob a bandeira gay" numa ilha do Pacífico e tentassem se perpetuar sob Estado (sic)!

Por suas atitude, Villas Boas foi criticado na própria reportagem pela desembargadora Beatriz Figueiredo Franco, corregedora do TJ/GO, e pelo ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal. No seu entendimento, contudo, ele é criticado não por seu fundamentalismo religioso, mas porque possui "uma forte influência marxista"!

Confira o vídeo com a íntegra da reportagem. Para nós, fica uma pergunta: é possível ser ao mesmo tempo juiz de direito e pastor evangélico? Com a resposta, o CNJ.

6 comentários:

Unknown disse...

Acho que o juiz se mostrou bastante ponderado. Julgou segundo suas convicções. Se tirarmos isso dos juízes perde-se o sentido da justiça. Os tribunais estão aí para corrigir e rever as decisões. Estranho foi o posicionamento do Min. Luiz Fux que criticou o julgador de primeira instância. Este sim, estranhamente, se mostrou intolerante.

Anônimo disse...

Na mesma linha do raciocinio do Rcardo: Pode um Juiz ser gay ? É possivel a pessoa ser juiz e gay ao mesmo tempo ?

Ricardo Maffeis disse...

Com todo respeito, acredito que a linha de racicínio não é bem a do comentário anônimo acima. Um juiz - como qualquer pessoa - pode ser evangélio, católico, ateu, maçom, heterossexual, homossexual, santista, mangueirense, casado, divorciado, fã de música clássica ou de Luan Santana...

A questão é se pode o juiz ser pastor evangélico, ou seja, ter um "cargo" na igreja. No mesmo sentido, pode haver um juiz padre ou um juiz "chefe" de um terreiro?

Unknown disse...

Com relação a Maçonaria, em 2007 foi deferida liminar para o Grão Mestre do GOESP que era juiz continuar no cargo. Infelizmente, o mérito não foi apreciado pela perda do objeto.

Se a função for meramente 'espiritual' do pastor, não há colidencia com a LOMAN.

Mas o tema é bem interessante, e merece maior reflexão.

Geraldo Cedro disse...

Não tenho nada contra os homossexuais, pois cada um procura viver segundo a sua vontade. Já o Magistrado devia seguir o rumo do Supremo, haja vista que as decisões da Corte Suprema deve ser seguida e não julgar segundo sua opinião.

Anônimo disse...

Não vejo sentido nesse questionamento, Ricardo! Não faz sentido vincular a obtenção de um cargo eclesiástico a uma profissão ou função pública. A pessoa se torna pastor mediante a uma formação em um seminário, um direito dele tanto ser pastor como ser juiz!
Vcs defendem o estado laico, mas não sabem fazer essa separação, impressionante!


Quanto à decisão, todos sabemos que os juízes, em qualquer caso, evangélicos ou o que forem, decidem de acordo com suas próprias convicções!

Isso só mostra que quando qualquer assundo envolve evangélicos, toma uma proporção mil vezes maior. Por que será?

Ana.