Os leitores deste blog sabem que um dos assuntos jurídicos argentinos que mais gostamos de repercutir é o combate aos criminosos do tempo da ditadura militar.
Enquanto no Brasil mal se pode discutir a questão e membros das Forças Armadas atacam até mesmo a novela do SBT que trata do assunto, a Argentina processa criminalmente alguns de seus ex-presidentes.
Em 10/4, o jornal Página12 publicou a interessante e comovente história de Ezequiel Vázquez Sarmiento, o 102º filho de desaparecidos políticos sequestrado por militares quando era um bebê descoberto graças à incansável luta das Avós da Praça de Maio.
Sarmiento trabalhava na Força Aérea e durante dez anos resistiu a fazer o teste de DNA para saber se era uma das crianças procuradas pelas Avós. Agora, com a descoberta, inicia uma nova etapa em sua vida.
Sobre a luta dos que até hoje combatem os crimes daquela época, Sarmiento declarou: "Yo pensaba que querían revancha y venganza y al final nada que ver." O que se quer, tanto lá, quanto cá, é a verdade.
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Confira a reportagem de Victoria Ginzberg para o Página12, em espanhol
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