O Valor Econômico escalou nada menos que quatro repórteres para uma matéria especial sobre crimes cometidos nas redes sociais, publicada em 7/2 (confira a íntegra em Vale a leitura!).
Redes sociais como Orkut, Facebook, MSN e Twitter estão se tornando, segundo o jornal, “ambientes cada vez mais perigosos, com a participação crescente de quadrilhas de criminosos digitais”. No Brasil, os crimes contra a honra são os mais comuns nestes sites e os dados são alarmantes: “de cada cinco perfis, dois receberam mensagens contaminadas capazes de ocasionar ataques ao computador”.
Procurados, Facebook e Twitter não atenderam a reportagem. O Google, proprietário do Orkut, deixou claro o procedimento que adota: remove os conteúdos ilegais identificados, mas não exerce controle prévio, “nem fará o papel de polícia ou juiz”, posição que está de acordo com recente julgado do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Os criminosos agem do mesmo modo como se faz com os emails “invadidos”. Como o destinatário conhece – e confia – no remetente, clica sem medo em links que trazem vírus e outras ameaças escondidas.
Para o gerente de uma das principais firmas de segurança de computadores, a McAffe, as empresas que mantêm as redes sociais não podem ser responsabilizadas, pois estão apenas oferecendo meios de comunicação para as pessoas. Não é bem assim.
Se, por um lado, as empresas não precisam exercer um controle prédio do que é publicado pelos usuários, não podem ser omissas na retirada de material considerado ilegal ou ofensivo. A reportagem destaca o caso do piloto Rubens Barrichello, vitorioso em duas instâncias na ação que move contra o Google por perfis falsos e comunidades que ele considerou difamatórias no Orkut. O processo encontra-se pendente de julgamento no STJ.
Um último alerta: a remoção do conteúdo ofensivo pode demorar até seis meses, prazo grande o suficiente para destruir a reputação de uma pessoa ou empresa.
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