Por decisão liminar do desembargador Dácio Vieira, do TJ do Distrito Federal, o jornal O Estado de S.Paulo está proibido de publicar reportagens a respeito da chamada Operação Boi Barrica, da Polícia Federal.
A medida foi requerida por Fernando Sarney, filho do presidente do Senado e investigado na citada operação.
A Associação Nacional de Jornais (ANJ) criticou a medida. O Estadão decidiu partir para o ataque e, em reportagem intitulada "Censura amplia pressão por renúncia de Sarney" (clipping do Ministério do Planejamento - 2/8), buscou o apoio de senadores oposicionistas a Sarney.
Intressante notar que, à exceção de Eduardo Suplicy (PT/SP), os demais senadores criticaram a iniciativa de Fernando Sarney procurar o Judiciário e não a decisão da judicial em si. Suplicy deixou no ar um suposto favorecimento, ao afirmar ao jornal que "avalio que isso deve ocorrer porque há essa relação próxima do juiz com a família do senador".
Para Direito na Mídia, a parte tem o direito de pedir o que bem entende, ficando a cargo da Justiça avaliar a medida cabível em cada caso. Assim, eventuais críticas deveriam ser dirigidas a quem proferiu a decisão.
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