quarta-feira, 24 de junho de 2009

BC insiste: salvem os bancos!

O Banco Central (BC) não desiste. Na briga entre bancos e poupadores sobre as perdas decorrentes dos planos econômicos do final do século XX (Cruzado, Bresser, Verão, Collor I e II), o BC está do lado das instituições financeiras.

Informa o jornal O Estado de S.Paulo que o BC, além de apresentar memoriais na ação movida pelos bancos perante o Supremo Tribunal Federal contra as correções, entregou o material pessoalmente para cada um dos ministros do STF.

De acordo com nota do Ministério da Fazenda, anexada ao parecer do Banco Central, os pagamentos levariam alguns bancos "à insolvência, colocando em xeque a solidez do sistema financeiro nacional".

Além da preocupação com a saúde financeira dos bancos, o BC informa que os poupadores não foram prejudicados pelos planos econômicos.

O lobby é fortíssimo. Estiveram reunidos com os ministros do STF Guido Mantega, Henrique Meirelles, José Antonio Toffoli e Luis Inácio Adams, respectivamente ministro da Fazenda, presidente do BC, advogado-geral da União e procurador-geral da Fazenda.
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Confira a reportagem "Ação pode quebrar bancos, diz BC", de Felipe Recondo, para o Estadão de 18/6, reproduzida no clipping do Ministério do Planejamento.

Um comentário:

Anônimo disse...

Chegaram ao cúmulo do ridículo jurídico. A manifestação é tão desastrosa que o apelo para a improcedencia das ações movidas contra as instituições financeiras não se pauta em qualquer critério legal, mas sim econômico. Isso porque não existe matéria jurídica que já não tenha sido apreciada pelos Tribunais, que por unanimidade deram e dão ganho de causa aos poupadores.

Se o STF se manifestar contra os proprietarios de poupança daquele período, tendo como pano de fundo a pressão exercida pelos cretinos que compõe a faceta governante deste país, será o fim da segurança jurídica deste país. Digo mais, se os bancos conseguirem reverter esse quadro, todos aqueles que deve um centavo para as instituições financeiras, independentemente da manifestação jurídica, deverá arguir que, se pagar o que deve ao banco, ficará no risco de uma insolvencia civil irreversível.

Ou seja, se os bancos podem dizer que deve, mas não pagam porque quebrariam, cada individuo poderá dizer que deve, mas não pagara também pois poderá quebrar...

Engraçado! Alguém conhece alguma empresa que nesta alucinada crise tenha faturado 1.8 bilhões de reais em 3 meses?

SALVEM OS BANCOS! DANE-SE O POVO MAIS UMA VEZ