quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Interiorização começa a ser discutida

Afirmamos, no post anterior, que a reportagem da Folha de S.Paulo sobre a proposta de interiorização do Tribunal de Justiça paulista não havia recebido a repercussão que um tema tão importante merece.

Atualizando aquela informação, o assunto começa a ser discutido na mídia. Dois importantes desembargadores emitiram suas opiniões nos últimos dias. O primeiro foi Celso Limongi (recentemente convocado para o STJ), que atacou a ideia na própria Folha (10/2). Para Limongi, "o deslocamento das seções para o interior exigirá uma estrutura pesada, com gastos permanentes, duplicados, triplicados, dependendo de quantas comarcas receberão as seções".

O outro lado foi defendido por Renato Nalini, no Estadão de hoje, para quem a economia para os cofres públicos é evidente. Afirmou o desembargador que, dentre as vantagens dos recursos permanecerem nas sedes regionais, "os advogados não precisariam vir a São Paulo para sustentar oralmente. Mesmo as partes, como quer o constituinte, poderiam assistir ao julgamento na própria cidade ou em outra cidade próxima".

Importante destacar que um dos primeiros desembargadores a se manifestar publicamente sobre o assunto foi Ivan Sartori, em seu blog. Sartori foi uma das fontes ouvidas na reportagem da Folha mencionada no post anterior.
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Confira as opiniões emitidas:

- "O Judiciário e o interesse público" (Celso Luiz Limongi) (reproduzido no blog Diário de um Juiz);

- "Ilha da fantasia" (José Renato Nalini);

- "O Judiciário de São Paulo: enfermidade digna de CTI" (Ivan Sartori).

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