As liminares do último final de semana que proibiram os chamados "rolezinhos" nos shoppings paulistanos JK Iguatemi e Metrô Itaquera - sob pena de altíssimas multas de R$ 10 mil por participante que descumprisse a ordem judicial - repercutiram muito nos últimos dias.
O informativo Migalhas publicou a liminar que proibiu a manifestação no shopping JK, bem como outra, que indeferiu o pedido de proibir evento semelhante no shopping Iguatemi de Campinas/SP. No entender do juiz campineiro, "não houve demonstração inequívoca de que os réus poderiam praticar atos que, por si só, fossem aptos a despertar o justo receio de turbação ou esbulhos iminentes".
As proibições - por óbvio - geraram na juventude o desejo de novas manifestações, como relata a Folha de S.Paulo de 14/1. Informa o UOL que cariocas e brasilienses já planejam seus eventos como forma de "manifestar apoio aos jovens paulistanos". Os locais escolhidos foram os centros comerciais de luxo Leblon (Rio de Janeiro) e Iguatemi (Brasília).
Ainda na Folha, o professor Pedro Abramovay afirmou que as liminares concedidas asseguram verdadeiro direito à segregação: "admitir que só algumas pessoas possam circular por lá [nos shoppings], com policiais e oficiais de Justiça analisando quem pode ou não entrar, oficializa a discriminação".
Vale ainda ler os textos publicados no Terra Magazine, que entrevistou um representante da Anistia Internacional e "Os novos 'vândalos' do Brasil", de Eliane Brum para o jornal espanhol El País.
Há, é claro, nos meios de comunicação, diversas manifestações contrárias aos "rolezinhos" e defendendo as liminares que os proibiram.
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