segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

"Eu sou juiz de carreira, eu mato no peito!"

O assunto do final da semana - e eu promete ainda repercutir bastante - foi a reportagem da colunista Mônica Bergamo, na Folha de S.Paulo, sobre o processo de escolha de Luiz Fux para a vaga de ministro do Supremo Tribunal Federal.

A impressão é que Mônica estava muito bem informada - ela cita como fontes ministros do STF, advogados, políticos e até o inimigo número 1 da imprensa, José Dirceu - de modo que Fux acabou confirmando etapas da escolha dos ministros do Supremo poucas vezes divulgadas.

O ministro narrou seu desejo de chegar ao STF, que começou em 1983 e se intensificou a partir de 2004, quando "sempre que surgia uma vaga, ele se colocava". A matéria trouxe algumas outras etapas para conseguir a indicação, como os necessários contatos com políticos, pessoas de influência e empresários.

Nada que outros candidatos - e eventualmente atuais ministros - não tenham feito. O diferencial é que tais passos raramente são contados publicamente. Segundo a Folha, Fux teria procurado José Dirceu, a esposa do ex-ministro da Casa Civil e os deputados Paulo Maluf e João Paulo Cunha, entre outros. Para alguns deles, a impressão transmitida nas conversas era que ele votaria pela absolvição dos acusados da Ação Penal nº 470, o que não se confirmou.

Leia a reportagem e tire suas conclusões.

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