terça-feira, 28 de agosto de 2012

Mensalão ao vivo coloca TV Justiça na berlinda

Ontem, no Twitter, pouco antes do início da sessão de julgamento do STF, alguém escreveu algo como "réplica e tréplica entre ministros. Inovação da TV Justiça".


Existe a clara percepção de que os votos no Supremo passaram a ser mais extensos com a implementação do canal de TV do STF, que acabou de completar dez anos no ar. Mais do que isso, há quem sustente que as discussões também se tornaram mais ásperas com a necessidade  de defender publicamente os argumentos do voto proferido perante uma plateia muito maior que as aproximadamente 300 pessoas que o plenário comporta.

O desembargador federal aposentado Vladimir Passos de Freitas escreveu sobre o tema no Consultor Jurídico de 26/8. Para ele, embora inquestionáveis os avanços proporcionados pela TV Justiça, a exibição dos julgamentos ao vivo não colabora para uma Justiça melhor.

Freitas listou alguns dados para reflexão, dos quais destacamos: o agravamento das divergências internas, o desgaste da imagem da Suprema Corte - recorde-se o interminável impasse gerado pelo empate na votação da Lei da Ficha Limpa - e a radicalização das posições pessoais de cada julgador.

Ainda não temos uma posição definitiva sobre o assunto. Embora os argumentos lançados pelo articulista estejam bem fundamentados, a transmissão dos julgamentos da Suprema Corte é uma ferramenta muito importante para os advogados que não residem em Brasília e que, sem ela, somente poderiam acompanhar as sessões pela imprensa.

E o leitor de Direito na Mídia, o que pensa? A TV Justiça deve continuar transmitido as sessões do STF ao vivo?

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