Logo de início, uma surpresa. Apesar do grande destaque midiático, das grades de contenção ao redor de todo o Supremo - três fileiras de grades na frente do prédio -, dos quatro ônibus da Polícia Militar do DF e suas dezenas de milicianos, o público não compareceu. Às 13h30, faltando pouco para o início da sessão, não mais que 20 pessoas observavam o que se passava no STF.
Para não dizer que foram só eles, um grupo de sindicalistas do Poder Judiciário chegou no meio da tarde com bandeiras e faixas com os dizeres "nem mensalão, nem Cachoeira, quero é meu plano de carreira". Ou seja, não estavam nem aí para o que se discutia no plenário. Por falar em plenário, havia cadeiras vagas em quase todos os setores, com exceção dos lugares destinados aos defensores, completamente tomados.
O extenso voto sobre o desmembramento do processo, lido na íntegra pelo ministro Ricardo Lewandowski quando do debate da questão de ordem suscitada pelo advogado Márcio Thomaz Bastos, foi fator determinante para esvaziar a sala de julgamentos. Havia mais jornalistas do lado de fora, fumando, conversando, trocando mensagens em seus celulares, do que no plenário.
Nem os ministros resistiram. Em determinado momento, durante o voto do ministro Marco Aurélio, ainda sobre a questão de ordem, apenas cinco dos outros dez integrantes estavam presentes. Na volta do intervalo, tivemos a leitura do relatório, expediente meramente formal. E foi só.
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