quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Bastidores e curiosidades da cobertura do mensalão

Na última segunda-feira 20/8, Direito na Mídia novamente cobriu o julgamento do mensalão ao vivo, direto do plenário do Supremo Tribunal Federal. O STF é um dos tribunais mais interessantes para se acompanhar os julgamentos, dada a proximidade entre a plateia - inclusive os jornalistas - e ministros e advogados.

Embora seja mais prático e cômodo acompanhar o julgamento da sala de imprensa, no andar superior, onde há mesas, computadores e grandes telões, a opção principal de quem possui o crachá de acesso ao plenário é cobrir o julgamento nas famosas cadeiras de cor caramelo do pleno, apoiando os notebooks, celulares e blocos onde for possível (foto).


A área destinada à imprensa é delimitada por faixas (veja ao fundo) e seguranças, mas há uma razoável liberdade de circulação, especialmente quando algum advogado chama um jornalista para conversar.

Durante as sessões, na entrada e na saída, raramente algum ministro conversa com a imprensa. Os jornalistas mais conhecidos, todavia, são rapidamente cumprimentados pelos magistrados. Heraldo Pereira, da TV Globo, é unanimidade, a impressão é que todos o conhecem.

Como se sabe, as sessões têm sido muito cansativas. A segunda-feira foi inteira destinada à leitura de trechos do voto do ministro Joaquim Barbosa. Ninguém presta atenção o tempo inteiro no julgamento, seja repórter, advogado, estudante de direito ou ministro. Prova disso, um ministro trocou mensagens, reservadamente, com um repórter corintiano na sessão de segunda. O assunto? Discussão sobre o impedimento triplamente qualificado do segundo gol santista no jogo da véspera.

Sentado sempre na primeira fileira, um jornalista assiste ao julgamento atento a tudo desde o primeiro dia. Trata-se de Luiz Maklouf Carvalho, repórter da Piauí, autor de uma polêmica reportagem sobre a Suprema Corte publicada em duas partes, nas edições de agosto e setembro de 2010 daquela revista, e comentada neste blog (é nosso segundo post mais acessado até hoje). Só de vê-lo diariamente, alguns ministros devem ficar apreensivos sobre o que pode vir por aí.

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