Comentando reportagem do jornal argentino La Nación, em 3/2 trouxemos um exemplo de advogado que perdeu a linha ao desejar que o acusado só sairia da cadeia morto.
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Direito na Mídia já comentou aqui diversas notícias jurídicas sobre a Argentina, a maior parte ligada ao combate aos crimes cometidos no período de ditadura militar. Lá, diferente daqui, militares de altas patentes e até ex-presidentes sofrem processos criminais.
Hoje, estreiando oficialmente nossa coluna Conexão Buenos Aires, vamos tratar de uma notícia criminal diferente. Na última segunda-feira, o jornal La Nación noticiou que Ricardo Barreda, condenado à prisão perpétua por um quádruplo homicídio cometido em 1992, continuará preso.
Tal qual casos famosos no Brasil - cujo exemplo mais recente é o da garota Isabella Nardoni - o crime deve ter comovido a Argentina. Barreda assassinou suas duas filhas, sua esposa e sua sogra. Com tiros de escopeta!
A notícia é bem completa.Relembra detalhes do crime; a pena aplicada três anos depois; o direito a permanecer em prisão domiciliar, alcançado em 2008; sua recondução ao cárcere, há uma semana, por ter violado as condições do benefício, "ao sair à rua sem permissão judicial"; e, por fim, o exame psicológico que teria constatado que o criminoso "nunca se arrependeu de matar toda sua família (...) e poderia voltar a matar em circunstâncias similares".
Um ponto chama a atenção na matéria: o jornal ouviu o advogado das vítimas e um primo delas. O primo foi sensato, questionou a razão de um crime violento como este fascinar tanto e sugeriu um estudo para que fossem evitados casos semelhantes. O advogado, por outro lado, foi claro em seu desejo: "Barreda vai sair do cárcere morto!".
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Confira a reportagem "Barreda seguirá preso" do La Nación de 31/1 (original em espanhol).
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