Um bom repórter é conhecido por escrever boas reportagens. Nas últimas semanas, Felipe Recondo, d'O Estado de S.Paulo, que cobre a área jurídica em Brasília, tem ganho grande destaque, especialmente com reportagens-denúncia.
Recondo já falou (11/12) sobre os tribunais que ignoram o teto do funcionalismo e pagam rendimentos superiores a R$ 80 mil a magistrados: "há ainda dezenas de contracheques superiores a R$ 80 mil e casos em que os valores superam R$ 100 mil. Em maio de 2010, a remuneração bruta de 112 desembargadores superou os R$ 100 mil. Nove receberam mais de R$ 150 mil".
Pouco antes, em 5/11, escreveu sobre o sigilo determinado pelo STF para crimes cometidos por políticos: "apenas suas iniciais são expressas, mesmo que o processo não tramite em segredo de Justiça, o que torna praticamente impossível descobrir quem está sendo alvo de investigação".
Revelou, em 19/12, denúncia da IBM de que uma licitação conduzida pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) estaria dirigida para beneficiar a Oracle. "Nitidamente há uma deliberada intenção de fazer exitosa a mesma fabricante que implementou soluções semelhantes nos estados e país acima referidos. Porém tal ato é ilegal", afirmou a IBM ao repórter.
Por fim, mas não menos importante, fez ontem uma ótima cobertura da liminar do Supremo que esvaziou o poder do CNJ de investigar juízes. Matéria complementada por outra sobre o prazo de conclusão dos processos pelas corregedorias locais e pelos bastidores da disputa STF-CNJ.
Vale a pena acompanhar as matérias de Felipe Recondo. Ainda mais porque boa parte do conteúdo do jornal impresso está aberto no site do Estadão.
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