Não é muito comum os grandes jornais destinarem seus editoriais para temas jurídicos, mas, entre 26 e 29 de agosto, identificamos três interessantes.
No dia 26, o Globo mostrou sua indignação com o homicídio da juíza Patrícia Acioli, executada duas semanas antes em Niterói/RJ: "a inegociável descoberta, seguida da punição exemplar, dos responsáveis pelo crime precisa levar a outra providência, esta de caráter estratégico: uma faxina radical nas polícias Civil e Militar, iniciativa a muito cobrada pela sociedade, mas postergada pelas autoridades".
No mesmo dia, o Globo tratou também da sucessão no Supremo Tribunal Federal. Identificando possível ligação dos ministros do STF com quem os indicou, o jornal destacou que os presidentes Lula e Dilma, juntos, terão "o invejável poder de nomear a grande maioria dos 11 ministros do STF. E, a depender das circunstâncias, todos".
"Quanto mais barreiras para impedir infiltrações na Justiça vindas de outros poderes, melhor para a democracia", resumiu o Globo, que ainda sugeriu o debate sobre mandatos fixos e defendeu a chamada PEC da Bengala.
Por fim, o Estadão de 29/8 defendeu a regulamentação do lobby, a exemplo do que ocorre nos EUA: "o reconhecimento de uma atividade que pode ser legítima e que tem hoje uma péssima imagem no Brasil pode contribuir para o aperfeiçoamento de nossos costumes políticos".
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