segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Análise: batalhas jurídicas na mídia

Não é fácil decidir o momento de tornar pública - via imprensa - uma disputa judicial. Às vezes, tal decisão sequer compete a você, pois o outro lado já pode ter comunicado os jornais. Não raro, o assunto pode ter sido divulgado no site de um tribunal ou pelo Ministério Público.

A partir do momento em que a lide vai para a mídia, acionistas, concorrentes, bancos, clientes, todos terão conhecimento dos fatos. Ou, pelo menos, de um lado dos fatos. Por isso, não atender os jornalistas pode não ser a melhor atitude a ser tomada.

No caso do post abaixo, sobre a Odebrecht, quem leu apenas a reportagem do Estadão não ficou sabendo quais os interesses da família Gradin na disputa, como ela chegou a 20% das ações do grupo e as divergências existentes em relação aos critérios de avaliação dos ativos da empresa.

Tais dados - essenciais para entender melhor a disputa - estão todos na matéria da Folha deste domingo.

Muitas vezes o advogado tem papel central na decisão do momento ideal de falar com a imprensa e o que revelar. Principalmente com uma ação em andamento. Decisões liminares, agravos, conflitos de competência, etc são temas que confundem o leitor comum. Dependendo do caso, o próprio advogado pode precisar do auxílio especializado de uma boa assessoria de imprensa.

E você, está preparado para falar por seu cliente nos jornais? Pense sobre isso.
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Sobre a última pergunta, confira trecho da reportagem da Folha que ilustra uma preocupação que deve sempre existir numa batalha empresarial:

"Nos últimos dias, a exposição das divergências entre as famílias pela imprensa fez representantes dos dois lados começarem a procurar bancos e outros parceiros da Odebrecht, para evitar que o desgaste entre os sócios alimente desconfianças sobre o futuro do grupo."

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