Os jornais destacaram a multa bilionária aplicada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) a empresas e executivos condenados pelo chamado cartel dos gases. As penalidades impostas beiram R$ 2,9 bilhões. Só a White Martins - apontada como reincidente - foi condenada ao pagamento de R$ 2,2 bilhões.
Trata-se, como lembrou o Valor Econômico, da "maior multa da história do órgão antitruste brasileiro", imposta porque o Cade entendeu que as empresas organizaram um cartel para fraudar licitações e dividir clientes, com prejuízo a vários setores da economia. Fala-se em elevação de até 25% nos preços.
As empresas reclamaram da condenação, especialmente do uso de provas emprestadas do processo criminal que investiga a prática. Outra matéria do Valor demonstrou que as envolvidas já recorreram diversas vezes à Justiça buscando adiar o julgamento pelo Cade. De acordo com o Estadão, White Martins, Air Products e Air Liquide já divulgaram que baterão novamente às portas do Judiciário.
O questionamento perante a Justiça é, atualmente, um dos maiores entraves à atuação do Conselho.
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Confira as reportagens "Cade aplica multa recorde de R$ 3 bi às fornecedoras de gás" e "Companhias tentam barrar julgamento na Justiça", do Valor Econômico (clipping do Ministério do Planejamento) e "White Martins questionará na Justiça decisão do Cade", de O Estado de S.Paulo.
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