Se você entende que não, recomendo nem ler a reportagem deste domingo de Fernando de Barros e Silva, colunista da Folha de S.Paulo. Com boas fontes no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) ou no Supremo Tribunal Federal (STF), o jornalista teve acesso a alguns emails trocados entre ministros do STF e entre o ex-presidente do CNJ e os atuais conselheiros.
O tema das mensagens trocadas é a condução do CNJ, mais especificamente os gastos com diárias e passagens aéreas na gestão anterior do órgão. Graças aos emails, a Folha sustenta existir um confronto entre os ministros Cezar Peluso e Gilmar Mendes, que teria começado com a troca da Presidência do STF e do CNJ, ambas atualmente acumuladas por Peluso.
A matéria, por sua vez, não é focada nos gastos, mas no tom das correspondências, ao qualificá-las com expressões como "sem nenhuma formalidade" e "de forma ainda mais dura". Até mesmo a saudação "abraços", e sua ausência em uma das mensagens, recebeu destaque.
Mas e o leitor, o que acha? Por serem figuras públicas e tema de interesse da sociedade, a divulgação dos emails é legítima? Ou o colunista invadiu a privacidade dos ministros?
_____
Confira a reportagem "Troca de e-mails revela confronto no CNJ", da Folha, no clipping do JusBrasil e na versão da Folha.com, mais reduzida, mas com um infográfico dos emails.
Um comentário:
Invasão indevida.
Se houver justificativa para que a rotina dos agentes públicos seja assim exposta, haja reunião de portas abertas (e haja problemas com eficiência nas deliberações colegiadas)!
As opiniões dos agentes públicos só podem ser consideradas públicas quando se apresentarem como atos administrativos, suscetíveis de efeitos jurídicos.
Está havendo um abuso no que entende como direitos do cidadão perante a Administração.
Postar um comentário