Por mais que se queira ver figuras como o ex-governador do DF José Roberto Arruda (ex-DEM) fora da vida pública brasileira, ficou a impressão de que o Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal (TRE/DF) exagerou na cassação de seu mandato.
O argumento vencedor (foram 4 votos a 3) foi a infidelidade partidária. Como bem lembrou o Estadão de ontem, em editorial: "é claro que Arruda só resolveu se desligar do Democratas quando soube que já havia reunião marcada e decisão tomada de expulsá-lo. Em resumo, Arruda desfiliou-se para evitar as consequências da expulsão - e foi punido por isso".
Tutty Vasques, colunista do jornal, já havia se manifestado no mesmo sentido, mas com bom humor, ao afirmar que "José Roberto Arruda teve seu mandato de governador cassado por infidelidade partidária. Isso é mais ou menos como condenar o Bin Laden por falsidade ideológica".
Como a situação em Brasília está longe de ser normalizada, espera-se que o pedido de intervenção federal no DF seja apreciado sem demora pelo Supremo. Afinal, como lembrou o Estadão: "todos relutam em adotar a solução óbvia: intervenção federal".
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Confira o editorial "Decisão arrevesada no DF", de 19/3.
Um comentário:
Acredito que não houve exagero do TRE, apenas por nos chocar ver um figurão da política nacional ser cassado, condenado e preso!!! O que houve foi um avanço e aplicação da lei eleitoral, além de fazer deste um caso emblemático e pedagógico para coibir práticas futuras de locupletamento com a máquina pública.
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