No curto espaço de tempo de 5 dias, o jornal O Estado de S.Paulo publicou uma reportagem e um editorial em que apontou gastos excessivos do Judiciário, em especial quanto aos salários pagos.
Primeiro, em 8/6, o jornal destacou o aumento das despesas. Em "Judiciário quadruplica despesas com pessoal desde o governo FHC", foi feita a comparação com os demais poderes. A reportagem é de Daniel Bramatti.
Em oito anos de gestão FHC e seis de governo Lula, a elevação - em termos reais - foi de 72% no Executivo, 187% no Legislativo e nada menos que 295% no Judiciário.
Em seguida, em 13/6, aproveitando a deixa de juízes federais do Rio Grande do Sul, que recorreram ao Supremo Tribunal para conseguir um reajuste salarial de 30%, o Estadão soltou o editorial "A pretensão salarial dos juízes".
Na opinião do jornal, os juízes confundem "reajuste" com "revisão anual de vencimentos" e o pedido vem em má hora, por conta do período de recessão, em que não devem ser elevados os gastos correntes do governo, sob o risco de desequilíbrio nas finanças públicas.
"Os Poderes, de fato, são independentes, mas o cofre é um só e a responsabilidade sobre o que sai e entra é do Executivo. É por isso que a pretensão dos juízes gaúchos não se sustenta." (O Estado de S.Paulo)
O leitor deste blog concorda com as opiniões do jornal paulista?
Um comentário:
Será que não se levou em conta que o número de processos também quadruplicou nos últimos 15 anos? Será que não se ponderou que a estrutura do Poder Judiciário também deveria crescer na mesma proporção?
O sentimento de advogados, juízes e promotores que atuam na primeira instancia é a de que ainda falta muito para a estrutura do Poder Judiciário Estadual se tornar eficiente.
De se dizer que um juiz estadual em SP no começo de carreira, na época de FHC, ganhava em torno de R$ 4.000 líquido. Será que isso é um "suoer-salário"?
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