Fiquei na dúvida se escrevia ou não algo sobre o tal "II Pacto Republicano de Estado por um Sistema de Justiça mais acessível, ágil e efetivo". Assim, na atual edição (nº 104) do boletim Direito na Mídia, optei por apenas indicar dois textos sobre a assinatura do documento pelos presidentes dos três Poderes.
Um dia após a solenidade, todavia, os jornais já criticavam o documento. Para Dora Kramer, do Estadão, o pacto "é pretensioso no nome, ambicioso na proposta (...), mas absolutamente despojado, modesto mesmo, no que tange à sua execução". Completou a colunista: "À primeira vista, um modelo pronto e acabado daquelas declarações bem-intencionadas, cuja validade não costuma ir muito além do momento solene da inauguração".
Na Folha, a colunista Eliane Cantanhêde foi quem deu a tônica: "O Pacto Republicano, por ora, ficou na foto, no dito pelo não dito, na forma, sem conteúdo".
Com efeito, lendo o documento, a impressão que fica é a mesma dos veículos de comunicação citados: trata-se de um belo documento de boas intenções.
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Confira as colunas "Santo nome em vão", de Dora Kramer, publicada em O Estado de S.Paulo de 14/4 (e reproduzida na Gazeta do Povo) e "Pacto na forma, sem conteúdo", de Eliane Cantanhêde, para a Folha de S.Paulo de 14/4 (clipping da ANPR).
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