Carlos Eduardo Lins da Silva, ombudsman da Folha de S.Paulo, cobrou, em sua coluna do último domingo (7/9), que a Folha e a imprensa em geral sejam mais responsáveis com a divulgação de grampos e vazamentos telefônicos. *
Falando sobre o grampo da conversa entre Gilmar Mendes e Demóstenes Torres - respectivamente presidente do STF e senador da República - Lins da Silva afirmou que o jornal deveria manter um distanciamento crítico das denúncias e investir pesadamente para apurar o que ocorreu, coisa que não foi feita pelos órgãos de comunicação.
"O jornalismo brasileiro sofre há muito tempo de excesso de condescendência com grampos e vazamentos, utilizados com pouco ou nenhum senso crítico e sem cuidados elementares que precisam ser observados em situações que colocam em risco reputação de pessoas, empresas e entidades e até a estabilidade institucional do país", afirmou.
Assinala ainda o ombudsman que outra conduta importante foi recomendada há mais de vinte anos por uma ONG que estuda o fenômeno dos vazamentos: "sempre identificar o interesse ou o grupo político com que o vazador se identifica".
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Confira o artigo "Grampos, vazamentos & Cia. Ltda", publicado na Folha e reproduzido no site do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação.
* Nota do editor: Cobrar responsabilidade da Veja com a divulgação de grampos telefônicos soa como uma utopia!
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