Folha e Estadão desta segunda-feira (16/2) divulgaram pesquisas que demonstram como o Judiciário brasileiro sofre com problemas administrativos e de má gestão dos - muitas vezes escassos - recursos públicos.
O Estado de S.Paulo editorializou pesquisa realizada pela Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) que aponta sobrecarga de trabalho em 85% das varas federais, em especial nas regiões Sul e Sudeste.
Além dos já conhecidos problemas de falta de servidores e da burocracia, este identificado como o "número excessivo de carimbos", 99% dos juízes afirmaram desconhecer o orçamento destinado a seus locais de trabalho, além de se queixarem de gastos extravagantes.
A Folha de S.Paulo, por sua vez, apresentou levantamento do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que demonstra que ter mais dinheiro não significa oferecer melhor prestação jurisdicional.
Prova disso, a Justiça Estadual do DF é a mais cara do país, com despesas por habitante superiores a quatro vezes a média estadual e, mesmo assim, o TJDFT ocupa o 12º lugar em rapidez na segunda instância. O resultado é ainda pior no primeiro grau, onde o DF está na 25ª posição.
Na Justiça Trabalhista, a 14ª Região (Acre e Rondônia) leva praticamente todos os recordes: maior custo per capita, maior número de juízes por habitante, menor número de casos novos recebidos por magistrado e o tribunal trabalhista mais célere.
Como se percebe, ainda há um longo caminho a ser percorrido rumo à profissionalização da Justiça.
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- "Justiça mal administrada" - editorial do Estadão, reproduzido no site JusBrasil;
- "Justiça Estadual do DF é a mais cara do país, diz CNJ" - reportagem da Folha, reproduzida numa versão resumida na Folha Online, que teve o mérito de trazer os gráficos da versão impressa.
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