quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Feliz Natal e Próspero Ano Novo

Caros leitores, encerramos hoje as atividades do blog no ano de 2009. Foram ao todo 300 postagens no ano, uma média de 25 por mês. Em 2010, pretendemos retomar as atualizações a partir da segunda quinzena de janeiro.

Desejamos a todos os leitores os votos de um Feliz Natal e que 2010 seja marcado de ótimas notícias, tanto no campo jurídico, como no pessoal.

Por fim, mas não menos importante, um abraço especial aos 50 seguidores do blog. Inauguramos a ferramenta em julho deste ano e não esperávamos uma adesão tão rápida. Nosso muito obrigado a todos!

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

As três piores notícias de 2009

Depois das três melhores, publicadas ontem, agora é a vez do ranking negativo das notícias jurídicas do ano. Escolher as piores é mais complicado que as melhores, mas vamos lá.

3º lugar - O italiano preso por beijar a filha
O caso do italiano preso em Fortaleza (CE) por supostamente ter beijado a própria filha de 8 anos na boca deu o que falar. Tudo começou com a denúncia feita por um casal de servidores públicos de Brasília, que procurou a Polícia para entregar o turista estrangeiro.

A situação acabou sendo resolvida em poucos dias, o que poupou a Justiça brasileira de um vexame maior.

2º lugar - presidentes de TJs recusam processo eletrônico
Essa foi de doer! Reunidos, os presidentes dos tribunais de justiça de São Paulo, Rio Grande do Sul e Minas Gerais - justamente as cortes responsáveis pelo maior número de processos no STJ e no STF - divulgaram nota explicando que recusavam o processo eletrônico.

Na opinião dos presidentes, "o ônus da digitalização não tem de ser suportado pelos tribunais", que enfrentam limitações orçamentárias. Quando se verifica que só o TJ/SP gastou R$ 3,5 milhões com serviços postais no ano de 2008, percebe-se o real significado do termo "falta de gestão".


1º lugar - o caso Sean Goldman


Parece incrível que o Judiciário brasileiro tenha passado o ano inteiro e não tenha devolvido o garoto Sean Goldman ao pai, David Goldman (foto de O Globo). Uma série de ações e recursos diferentes têm garantido o direito da avó materna e do padrasto do garoto em prejuízo do pai.

Se o direito está, ao que parece, ao lado da família brasileira, a justiça certamente caminha junto ao pai nesta disputa. Quem sabe agora, com as liminares concedidas na noite de ontem pelo ministro Gilmar Mendes, presidente do STF, finalmente a questão tenha um desfecho positivo.
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Confira a notícia "STF cassa liminar e Sean viaja com o pai para EUA", do Consultor Jurídico de ontem, com as íntegras das decisões concedidas por Mendes.

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

As três melhores notícias de 2009

Mês de dezembro é a tradicional época de se fazer o balanço do ano que está terminando. Aqui, não poderia ser diferente. Às vésperas de entrarmos em férias, este blog divulga hoje as três melhores notícias jurídicas de 2009. Amanhã publicaremos as três piores.

3º lugar - Os mutirões carcerários do CNJ
De todas as boas notícias do Conselho Nacional de Justiça - CNJ, sem dúvida a melhor foi o bom desempenho dos mutirões carcerários país afora. Infelizmente, no Brasil ainda vale aquela máxima de que construir - e manter - presídios "não dá voto" e, assim, em praticamente todos os estados da federação, os presos cumprem suas penas em condições sofríveis.

É certo que os mutirões não representam a solução definitiva para o problema, mas expõem à sociedade as mazelas da área penitenciária.

2º lugar - A digitalização de processos do STJ

Merece destaque o árduo trabalho de digitalização de processos judiciais desenvolvido ao longo de todo o ano no Superior Tribunal de Justiça - STJ. Atualmente, recursos especiais e agravos de instrumento só chegam aos gabinetes dos ministros na tela do computador, o que torna o estudo e o trabalho nos autos muito mais simplificado.

Além disso, ganham também os advogados, que podem consultar os processos remotamente, pela internet, e os jurisdicionados, pela celeridade que a informatização garante. Em 2010 o projeto continua, com a meta de digitalização de todas as classes de processos do STJ.

Foto obtida do site arquivar.com.br, especializado em gestão de documentos.

1º lugar - O fim da Lei de Imprensa e do diploma de jornalismo
O Supremo Tribunal Federal - STF julgou diversos temas importantes em 2009, dentre os quais destacamos dois: a decretação da inconstitucionalidade da Lei de Imprensa (Lei 5.250/67) e o fim da exigência do diploma em curso superior de jornalismo para o exercício da profissão.

Resquícios da ditadura militar, os dois institutos normativos que limitavam a liberdade de expressão foram derrubados pelos ministros do STF, em que pesem a necessidade de regulamentação do direito de resposta e as várias tentativas em curso no Congresso Nacional para restabelecimento do diploma, que fazem a alegria dos sindicatos de jornalistas.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Neste Natal, dê um "vale-divórcio"

A notícia é da BBC Brasil e está no UOL desta sexta-feira. Um escritório de Londres, na Inglaterra, está oferecendo como opção de presente de Natal um "vale-divórcio".

Funciona da seguinte maneira: você presenteia um amigo (ou o cônjuge de um inimigo) com um vale que dá direito a uma consulta com um advogado especialista em divórcio. Quem está presenteando pode escolher se a consulta será de meia hora (£ 125, equivalente a R$ 360) ou de uma hora (£ 250, equivalente a R$ 720).

O escritório que teve a original ideia, Lloyd Platt & Co, informou já ter vendido 50 destes vales, a maioria para amigos e familiares do presenteado.

Acredito que uma iniciativa semelhante, no Brasil, seria condenada pela OAB. Mas o certo é que o número de mães que presentearia o filho com este mimo seria surpreendente.
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Confira a notícia "Firma de advocacia em Londres oferece 'vale-divórcio' neste Natal".

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Dois juristas entre os líderes mundiais

O importante jornal espanhol El País publicou recentemente sua lista dos 100 maiores protagonistas iberoamericanos do ano ou, na versão original, "hombres y mujeres iberoamericanos que han marcado 2009".

O primeiro colocado é o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, que teve seu perfil escrito por José Luiz Zapatero e por Julio María Sanguinetti, respectivamente ex-primeiro ministro espanhol e ex-presidente uruguaio.

Mas como o foco deste blog é a área jurídica, destacamos duas personalidades escolhidas pelo El País como líderes: em primeiro lugar, o juiz espanhol Baltasar Garzón, mundialmente conhecido por seu combate aos terroristas do grupo basco ETA e pela ordem de prisão do ex-ditador chileno Augusto Pinochet.

Também recebeu destaque do jornal a juíza Sonia Sotomayor, primeira hispânica a ser nomeada para a Suprema Corte dos EUA.

E o leitor de Direito na Mídia, o que pensa? Algum jurista brasileiro merecia estar na lista de lideres iberoamericanos? O blog vota em um, o ministro Celso de Mello, decano do STF e uma das vozes mais respeitadas daquela corte.
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Confira aqui o caderno especial do El País ou visite diretamente os perfis de Baltasar Garzón, Sonia Sotomayor e do presidente Lula.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Discussão jurídica da melhor qualidade

O informativo Migalhas da última quinta-feira (10/12) trouxe a informação de um interessante debate jurídico que teria ocorrido na véspera, no plenário do Supremo Tribunal Federal (STF).

Durante o julgamento da reclamação sobre quem deveria presidir o Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3), os ministros do STF debateram dois aspectos: a inversão das partes na ordem de sustentação oral e a legitimidade de um advogado particular ou da Advocacia-Geral da União (AGU) para defender o TRF-3. Envolvidos na disputa os renomados advogados Flávio Yarshell e Sérgio Ferraz.

Localizei os vídeos da íntegra do julgamento na página do STF no Youtube, divididos em quatro blocos. A discussão acima comentada está nas partes 1 e 2 e tem a duração de quase duas horas. Vale muito a pena! É daquelas para sentar na frente do computador, fechar os demais programas e se concentrar nos debates.

Confira a primeira parte e, de uma tacada só, assista também à segunda parte deste julgamento.

Depois de conferir os debates, deixe seu ponto seu ponto de vista nos comentários. Na opinião do editor deste blog, data venia da posição amplamente majoritária, acredito que a sugestão do ministro Ricardo Lewandowski - seguida pelo ministro Ayres Britto - deveria ter prevalecido, com intimação da AGU para que pudesse se preparar adequadamente para proferir sustentação oral em nome do TRF-3.

Afinal, como destacado nos debates, o professor Yarshell atuou no processo em nome da corte federal desde seu início, tendo inclusive proferido sua sustentação oral. Assim, passar a responsabilidade para a AGU sem que a ela fosse ofertado novo prazo quis me parecer que houve uma quebra na paridade de armas.
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Se você não tiver tempo para assistir aos vídeos, leia a nota no Migalhas de 10/12.

O sucesso que se transformou em fracasso

Já tratamos deste tema em Direito na Mídia, não me recordo se aqui no blog ou no boletim, mas o certo é que os Juizados Especiais Cíveis - criados pela Lei 9.099/1995 - fizeram tanto sucesso que hoje não há como atender a enorme demanda por seus serviços.

Reportagem do Jornal Nacional do último sábado (12/12) mostrou um pouco da situação na cidade de São Paulo. Audiências de conciliação agendadas para depois de três meses, mais de um ano na espera da sentença...

O resultado é que a celeridade, principal qualidade dos Juizados, já não existe mais e os feitos tramitam quase com a mesma lentidão da Justiça Comum.
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Confira, no site G1, a reportagem do Jornal Nacional, que traz ainda um dado muito negativo: as conciliações hoje estão na casa dos 30% apenas.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Estadão perde mais uma na Justiça

O jornal O Estado de S.Paulo planejava ver-se livre da proibição de publicar quaisquer informações sigilosas sobre o empresário Fernando Sarney ontem, em julgamento perante o Supremo Tribunal Federal (STF).

Mas o jornal perdeu - novamente - na Justiça. Por 6 votos a 3, os ministros do STF entenderam que o recurso escolhido, uma reclamação onde se alegava desrespeito à decisão do Supremo que declarou a Lei de Imprensa inconstitucional, não se prestava ao que pretendia o jornal paulista.

Em resumo, o jornal continua sob censura. Ou, falando com maior rigor técnico, continua proibido de divulgar informações obtidas em inquérito policial sob segredo de justiça. Há quem diga que o Estadão ganha com a censura, pois explora o assunto diariamente em suas páginas e sites, mas esta é uma discussão que ficará para outro momento.

O fato é que alguns veículos davam como certa a vitória do jornal. Houve até quem anunciasse antes do julgamento que "amanhã termina a censura imposta ao Estadão"... só esqueceram de combinar com o STF.
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Confira a matéria do site do Supremo sobre este julgamento.

Vergonha de morar em Brasília!

Violência Policial no ato Fora Arruda from Raul Cardoso on Vimeo.

O vídeo acima, de autoria de Raul Cardoso, mostra a brutalidade e a covardia de policiais militares de alta patente da PM do Distrito Federal. Violência cometida contra estudantes e, em seguida, contra repórteres.

Nem se alegue que os manifestantes favoráveis ao impeachment do governador José Roberto Arruda estavam causando transtornos ao trânsito, como já se afirmou. Na cena, estavam todos no imenso canteiro que separa as pistas do Eixo Monumental nesta bela cidade, lar de alguns dos piores políticos do Brasil.

Infelizmente, violência policial contra manifestantes pacíficos não é exclusividade da capital federal. Mas, neste momento, é aqui que ela se mostra mais exacerbada, com atos que lembram os tempos ditatoriais.

Espera-se que a violência acabe, pois os atos contra os políticos envolvidos no Mensalão do DEM, também conhecido como Panetonegate, devem continuar.
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Sobre o tema, recomendo o artigo "Arruda já lembra o passado", do jornalista Paulo Moreira Leite, da revista Época.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Por título de 1987, Sport ameça imprensa

Um fato curioso está ligando futebol, direito e jornalismo. É que o Sport Clube do Recife - último colocado do Brasileirão 2009 - anunciou que irá processar os veículos de comunicação que tratarem o Flamengo como hexacampeão e, assim, causarem danos materiais e morais ao Sport ou a seus patrocinadores.

Em reportagem publicada ontem no site Comunique-se, a imprensa é apontada como culpada por "homologar" o título de 1987, que pertenceria à equipe pernambucana, ao Flamengo.

Para Eduardo Carvalho, vice-presidente jurídico do Sport, "O órgão máximo do futebol considera o Sport como campeão em 1987, mas grande parte da mídia considera o Flamengo como hexacampeão. Então, o Sport não é campeão de nada?".

Discussões futebolísticas à parte, a ideia é folclórica. Processar a imprensa??? Por este motivo??? Para a brincadeira ficar completa, só falta algum juiz pernambucano deferir liminar proibindo preventivamente um jornal de se referir ao Flamengo como hexacampeão*.
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Confira o Comunicado à Imprensa do Sport Clube do Recife. Não disponibilizamos o link para o texto do Comunique-se, por ser bloqueado.

* Título conquistado em primeiro lugar pelo São Paulo Futebol Clube.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Uma foto às quartas


Na foto de hoje, a maneira como a Polícia do Governo Arruda (DEM/DF) tratou os manifestantes que protestaram contra o governador nesta quarta-feira, em frente à Praça do Buriti, em Brasília. A foto é de Dida Sampaio/AE e foi publicada no site G1.

sábado, 5 de dezembro de 2009

Humor

Já que amanhã tudo se decide no Brasileirão mais disputado da história, segue uma charge publicada no Blog do Juca (Kfouri), onde não há referência ao nome do autor.

Sobre o campeonato, vale destacar que, pela primeira vez desde 2003, devemos ter um "não-paulista" como campeão, embora dois times de SP cheguem à rodada final com (poucas) chances de título.

Istoé revela questões internas do MP/DF

Na edição da última semana, a revista Istoé revelou bastidores de como deverá ser a campanha política pela chefia do Ministério Público do Distrito Federal (MP/DF).

Segundo a revista, denúncias e dossiês circulam por Brasília, com acusações que vão de violação de correspondência e emails a proibição do uso de saias curtas, no melhor estilo Uniban. Acusado, o procurador-geral do órgão afirma que as críticas possuem motivação política.

Há ainda uma estranha denúncia de obrigatoriedade de uso de roupas brancas em audiências públicas do MP.
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Se você gosta de bastidores e/ou fofocas, não deixe de conferir a reportagem "Procuradoria em guerra", da Istoé

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

"Qué pagá quanto?"

Vem aí mais uma mega-fusão no setor varejista. Casas Bahia e Pão de Açúcar anunciam em instantes (às 11h de hoje) o início do processo de fusão entre as duas empresas. Como o anúncio ainda não foi formalizado, persistem muitas dúvidas sobre a operação.

Com o negócio, a concorrência fica cada vez mais fraca no setor. Em junho deste ano, o Pão de Açúcar já havia adquirido outro grande player, a Globex, dona do Ponto Frio. É um novo teste de fogo para as autoridades antitruste brasileiras, justamente quando o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) passa por um período de certa intranquilidade interna.

Outra informação que precisa ficar esclarecida é se haverá realmente uma fusão ou se uma das empresas comprará a outra. Na anunciada fusão entre Itaú e Unibanco, até hoje muita gente de peso sustenta que o Unibanco foi comprado. Nas manchetes abaixo, já se verifica esta confusão.
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Confira as notas "Pão de Açúcar e Casas Bahia anunciam fusão", da Folha Online, "Pão de Açúcar faz acordo para comprar Casas Bahia, diz jornal", do Terra e "Pão de Açúcar compra as Casas Bahia por meio da Globex", do Estadão, todas da manhã desta sexta-feira.

Bancos: principal disputa fica para 2010

A Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) ajuizada pelas instituições financeiras em março deste ano no Supremo Tribunal Federal (STF) só será apreciada a partir de 2010. Trata-se do principal tema jurídico em discussão envolvendo o sistema financeiro.

Em debate, as correções da poupança nos períodos relativos aos principais planos econômicos das décadas de 1980 e 1990, quais sejam: Bresser, Verão, Collor I e II. Para os bancos, há uma instabilidade jurídica no país, o que ameaçaria todo o sistema financeiro.

Reportagem da Folha de S.Paulo de 22/11, todavia, apresentou estudo realizado pelo Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) que procura demonstrar inexistir divergência no STF, que já teria criado uma "jurisprudência sólida, definitiva e favorável à reivindicação dos poupadores", afastando os argumentos dos bancos.

A questão não é simples e envolve, além dos dados técnico-jurídicos, um componente político muito forte. Basta ver que o Banco Central firmou posição em defesa dos bancos e contra os poupadores.
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Confira a reportagem "Justiça dá ganho a poupador, aponta estudo", da Folha, reproduzida no clipping eletrônico da AASP.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Um blog às quintas

Depois do reconhecimento, na nota anterior, do erro cometido por este blog, nada mais justo que divulgar o Blog do Fred, do jornalista Frederico Vasconcelos, um dos principais blogs de cobertura da área jurídica.

Frederico analisa as mais variadas questões sobre o cotidiano do Judiciário, do Ministério Público e da advocacia, sempre com boas fontes, que conhecem o assunto tratado e - com frequência - os bastidores daquele tema. Um dos destaques recentes é a matéria "Relatores dos três mensalões têm perfis distintos", onde traça uma comparação entre os ministros Joaquim Barbosa (STF) e Fernando Gonçalves (STJ).

Vale mencionar ainda o bom espaço destinado aos comentários dos leitores, muitas vezes levados à página princial do blog.
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Visite o Blog do Fred.

Erramos

Em 27 de outubro passado, sob o título "38 dias, um só tema, duas reportagens", publicamos comentário neste blog de que uma reportagem de Frederico Vasconcelos para a Folha de S.Paulo de 19/10 era "praticamente uma cópia" de outra, de autoria de Juliano Basile para o Valor Econômico, datada de 11/9.

O tema era a divulgação dos resultados da penhora on-line. Na ocasião, destacamos a semelhança nos dados, nos principais problemas deste modo de restrição judicial e até na escolha do principal entrevistado das duas matérias.

Há alguns dias, Frederico Vasconcelos nos escreveu para contestar a avaliação. Em seu email, explicou o motivo das coincidências, como por exemplo a indicação do mesmo entrevistado por parte do Conselho Nacional de Justiça - CNJ, que o escolheu para falar sobre o assunto com os jornalistas e a divulgação pública dos dados oficiais, por isso idênticos.

Acrescentou Vasconcelos outros elementos que nos fizeram reconhecer a precipitação na redação daquele comentário. Como ele optou por não enviar uma resposta formal ao blog, fazemos hoje este reconhecimento do erro e pedimos nossas desculpas ao repórter da Folha.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

MP/SP abre nova frente contra juros altos

Na atual edição (nº 123) do boletim semanal Direito na Mídia, que circulou nesta terça-feira, comentamos que o Ministério Público paulista (MP/SP) ingressou com três ações civis públicas contra os principais bancos privados do país, acusados de cobrar juros acima da média de mercado em contratos como crédito pessoal, cheque especial e cartão de crédito.

O tema foi abordado em reportagem do jornal DCI de 30/11. Nela, um dos promotores da Promotoria da Justiça do Consumidor informa ter decidido pelo ajuizamento das ações após estudar algumas decisões do Superior Tribunal de Justiça.

Como o tema já está pacificado no STJ - inclusive por recurso repetitivo - quer nos parecer que a iniciativa não possui grandes chances de prosperar. Aguardemos.
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Confira a reportagem "Bancos são acionados por cobrança abusiva de juros dos clientes", do DCI, no clipping da Anfac.

Para receber automaticamente o boletim Direito na Mídia, basta adicionar seu email no campo na coluna da direita deste blog e clicar em "Participe", ou escrever para contato@direitonamidia.com.br.

Uma foto às quartas

Foto tirada na cidade de Ventimiglia, na Itália. Fotógrafo: Ian Britton. Cortesia do site FreeFoto.com.

TJ/SP estacionou no tempo

Numa época em que a palavra de ordem é a digitalização de processos, com o STJ à frente e os tribunais estaduais e regionais federais esforçando-se para se adaptar e também só enviar autos eletrônicos para Brasília, o TJ de São Paulo é uma corte que parou no tempo.

O tribunal paulista já anunciou que não digitalizará seus processos tão cedo, por falta de dinheiro para a empreitada, já que seu orçamento estaria praticamente todo previamente destinado. Sobre o tema, o informativo Migalhas desta terça-feira (1º/12) foi direto ao ponto. Confira:

"Zerado e não digitalizado

Hoje, migalheiro, quando você estiver lendo esta nota, no exato momento em que a ler, o STJ ainda não terá recebido nenhum - nenhum ! - recurso por meio digital provindo do TJ/SP. A Corte bandeirante, a despeito do custo e da demora, ainda remete seus processos pelos Correios. Afora a apreciação do recurso especial demorar, pelos óbvios motivos, mal sabem os causídicos paulistas o quanto não perdem em dinheiro e tempo (e olha que este é, como diz o dito popular, aquele), já que no caso de agravo, por exemplo, não seria preciso gastar com cópias para montar o instrumento, pois tudo estaria digitalizado.

Por todos os benefícios (estima-se que o TJ/SP despenda quatro vezes mais em Correios do que gastaria para digitalizar e enviar os processos), não se compreendem os caprichosos motivos pelos quais a presidência do TJ/SP priva o jurisdicionado paulista desta facilidade. Aliás, eis aí um dos grandes fatores para o visível desânimo dos serventuários da justiça de SP.

Mas há mais. Com a demora nos julgamentos provenientes de SP, as questões novas, envolvendo casos recentes do cotidiano, chegam ao STJ primeiro por Estados que têm remessa por meio digital. Com isso, embora SP responda por cerca de 25% dos processos que aportam no STJ, a jurisprudência paulista sobre uma novel questão só acaba sendo analisada no STJ quando os ministros já decidiram o tema sob o prisma apresentado por julgadores de outros entes da Federação, de modo que SP não pauta mais - como outrora fazia - a jurisprudência pátria.
"

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Vale a leitura! (Edição nº 123)

– “Combate à lavagem de dinheiro será intensificado” – Valor Econômico de 30/11 (clipping do Ministério do Planejamento);

– “Bastam R$ 418 para criar igreja e se livrar de imposto” – Folha de S.Paulo de 29/11 (clipping do Ministério do Planejamento);

– “Caixa vai propor acordo para pagar as perdas da poupança” – Folha de S.Paulo de 27/11 (reproduzida no site BOL Notícias);

– “Ação penal pode tramitar com recurso administrativo” – Valor de 27/11 (clipping do Sindfisco Nacional);

– “CNJ discute se pode determinar quebra de segredo de Justiça” – Valor Econômico de 25/11 (clipping do JusBrasil);

– “Brasil reduz número de crimes do colarinho branco” – Brasil Econômico de 23/11;

– “Súmulas viram ‘remédio’ para destravar Justiça” – DCI de 23/11;

– “Perito quebra sigilo e descobre voto de eleitores em urna eletrônica do Brasil” – site IDG Now de 20/11.

E a concorrência, como fica?

Em sua coluna da última semana no site Observatório da Imprensa, o jornalista Carlos Brickmann fez um comentário que merece ser transcrito na íntegra:

"Mudando as palavras

A Amil comprou sua concorrente Medial Saúde e a imprensa chamou o fato de "consolidação do mercado". A Perdigão comprou sua concorrente Sadia e a imprensa chamou a atenção para a força da nova multinacional brasileira, líder no mercado internacional de proteínas de aves. A Brahma comprou a Antarctica e a imprensa salientou a formação de uma empresa brasileira de bebidas de nível internacional, que por seu porte faria baixar o preço de cervejas e refrigerantes.

Antigamente, essas coisas se chamavam de "truste" ou "cartel". Sabia-se que a redução da concorrência faria com que os preços subissem, e não que caíssem. Mas hoje os fornecedores de informação ficaram mais bonzinhos. Não salientaram nem que a grande empresa brasileira de bebidas, antes dividida entre São Paulo (Antarctica) e Rio (Brahma) agora é Inbev e tem sua sede na Bélgica."

Brickmann foi certeiro.

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Que Deus lhe devolva em dobro

Dentre os vários vídeos gravados por Durval Barbosa, ex-secretário do governador José Roberto Arruda (DF), um se destaca. Nele, os deputados distritais Leonardo Prudente (DEM) e César Brunelli (PSC) fazem uma oração para agradecer a Deus... ao que tudo indica, pelo presente recebido aqui na Terra.

"Somos gratos pela vida do Durval, por ter sido instrumento de bênção para nossas vidas, para nossa cidade (...) Sabemos que somos falhos, somos imperfeitos, mas o seu sangue nos purifica."

Comentário do blog: Amém!
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O vídeo encontra-se no site do jornal Correio Braziliense.

Confira, também na página eletrônica do Correio os textos "OAB Nacional aprova processo de impeachment de Arruda" (Blog da Ana Maria Campos) e "Escutas resvalam em tribunal", mais ligados à área jurídica.

Propina com recibo?

Diante do escândalo do mensalão do DEM, o jornalista e dublê de humorista Alexandre Garcia comentou, no Bom Dia Brasil desta segunda-feira: "os envolvidos em mensalões são todos iguais. Não acreditam em banco, nem em assalto. Só trabalham com dinheiro vivo, não usam a TED bancária..."

Impressão ou Garcia sugeriu que a propina fosse paga através de transferência bancária? Tudo devidamente registrado, para que Polícia e Ministério Público pudessem ter acesso fácil a todos os dados? Só faltou aconselhar os corruptos a fornecerem recibo!
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O comentário de Alexandre Garcia está no site do Bom Dia Brasil.

PS: Estava esquecendo de comentar que já há uma justificativa oficial para a entrega de dinheiro aos parlamentares: a compra de panetones para distribuição entre os mais humildes. É o espírito natalino!

Mensalão do DEM pode ter envolvido TJ

O mensalão do Partido Democratas (DEM) no Distrito Federal, ao contrário de seus antecessores mensalão tucano em Minas Gerais e mensalão petista no Governo Federal, pode ter beneficiado integrantes do Tribunal de Justiça do DF (TJDFT).

Embora ainda seja cedo para conclusões, já que as investigações da operação Caixa de Pandora da Polícia Federal estão sendo divulgadas aos poucos na mídia, um dos primeiros diálogos tornados públicos envolvendo o governador José Roberto Arruda (DEM/DF) faz referência a desembargadores do TJDFT.

A Folha Online e o blog do Fernando Rodrigues têm acompanhado de perto o caso do mensalão do DEM, com destaque para os vídeos de aliados do governador recebendo dinheiro.

sábado, 21 de novembro de 2009

5 a 4 é muito ou é pouco?

Mais uma vez, vamos tratar do caso Battisti. A grande mídia posiciona-se frontalmente contra a decisão do Supremo Tribunal, de que cabe ao presidente da República dar a palavra final sobre a extradição ou não do ex-ativista italiano.

E tome editoriais, colunistas, "reportagens" opinativas, etc. Nesta sexta (20/11), o Estadão exagerou. Usou, nitidamente, dois pesos e duas medidas para contagens absolutamente idênticas.

Em editorial, o jornal paulista considerou que o primeiro placar de 5 a 4 a favor da extradição "deixou clara a posição majoritária da Corte". Mas, ao se referir à segunda votação, favorável à vontade final do presidente da República, a opinião foi outra. Afirmou que "essa foi a interpretação que prevaleceu, por apertada margem de 5 votos a 4".

Fica a indagação. O placar de 5 x 4 em uma votação do STF representa claramente a posição majoritária do tribunal ou significa apenas uma apertada margem?
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Confira o editorial "Pura perda de tempo no STF?", de O Estado de S.Paulo de 30/11, reproduzido no clipping da ANPR.

PS: Provavelmente desconhecendo o teor do editorial que seria escrito, o repórter Vannildo Mendes, em reportagem intitulada "Tarso vê viés 'fascista' em pressão italiana e diz que Battisti deve ficar", publicada no próprio Estado, na mesma data, uma página depois do editorial, afirmou "O tribunal decidiu na quarta-feira, em votação apertada (5 votos a 4), que os crimes de Battisti foram comuns e não políticos".

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Caso Battisti: os jornais acertaram

Na atual edição (nº 122) do boletim semanal Direito na Mídia - que circulou na terça-feira - comentamos que os jornais estavam lançando apostas sobre o final do julgamento da extradição de Cesare Battisti pelo Supremo.

Na ocasião, afirmamos que o Jornal de Brasília vislumbrava um "sinal" de que o STF seria favorável à extradição, enquanto O Estado de S.Paulo sustentava que a corte deixaria a solução final para o presidente da República.

Como se sabe, ambos acertaram. O STF decidiu pela extradição, mas deixou sob a responsabilidade do presidente da República enviar ou não o ex-ativisita para a Itália. Como bem avaliou o informativo Migalhas de ontem, "a Itália ganhou mas não levou". Pelo menos por enquanto.
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Para receber automaticamente o boletim Direito na Mídia, basta adicionar seu email no campo na coluna da direita deste blog e clicar em "Participe", ou escrever para contato@direitonamidia.com.br.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Cartel? Não, "tendência de mercado".

Já comentamos - aqui e em nosso boletim - sobre como os preços da gasolina e do álcool nos postos de combustível do Distrito Federal são praticamente tabelados. As diferenças, em especial no Plano Piloto, não costumam ultrapassar um centavo.

Qualquer observador atento também nota que os aumentos e as raras reduções de preço ocorrem simultaneamente. A impressão que fica é que o Ministério Público e os órgãos de defesa da concorrência (Cade e SDE) são os únicos que não percebem tais condutas.

Diante da iminência de um novo aumento, o Correio Braziliense abordou o tema nesta quarta-feira (18/11), em reportagem de Diego Amorim. Vale destacar trecho importante da matéria: "Quase um terço do mercado de combustíveis do DF é comandado pela Rede Gasol. Dos 308 postos, 91 pertencem ao grupo do empresário Antônio Matias".

Outro ponto interessante foi a informação de que está pendente de julgamento no Supremo uma ação para derrubar a lei distrital que impede a instalação de postos em supermercados.

Questionados sobre a eventual existência de cartel, os empresários negaram a prática. Para eles, o que há é "uma tendência de mercado". Se visse esta declaração, o jornalista José Simão da Folha de S.Paulo certamente afirmaria que tucanaram o cartel.
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O Correio publicou as opiniões de diversos internautas. Indico a leitura a todos, para que possam compreender melhor o que o brasiliense pensa sobre o assunto. Confira aqui as manifestações dos leitores do maior jornal de Brasília.

PS: O link acima estava com problemas, mas já foi corrigido.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Caso Battisti diante de imprevisível final

Está marcada para a tarde de hoje a retomada do julgamento do pedido de extradição do ativista italiano Cesare Battisti. O caso está empatado em 4 x 4, restando apenas o voto do ministro Gilmar Mendes, presidente do STF.

A sessão, contudo, pode ter algumas surpresas, em especial pelo reconhecimento da prescrição dos crimes pelos quais Battisti foi condenado na Itália, argumento condutor do voto do ministro Marco Aurélio. Vale lembrar que - segundo informa a imprensa especializada - além de Marco Aurélio, apenas o ministro Cezar Peluso (relator) teria tratado expressamente da prescrição.

O informativo Migalhas, em sua edição de ontem, trouxe a íntegra do memorial apresentado pelo advogado Luís Roberto Barroso sobre a prescrição. São apenas 8 páginas em formato PDF. Recomendamos a leitura!

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Vale a leitura! (Edição nº 122)

– “Voto de minerva e voto de estadista” – artigo de Luis Roberto Barroso, advogado de Battisti, no Blog do Noblat, 16/11;

– “‘Refis da crise’ leva empresas à Justiça” – Valor Econômico de 16/11 (clipping da Fenacon);

– “Acumulação de dano estético com dano moral: uma realidade no STJ” – site do STJ, 15/11;

– “Tendência no STF é deixar para Lula decisão sobre extradição de Battisti” – O Estado de S.Paulo de 14/11;

– “Procon recebe pedidos de indenização” – Estadão de 14/11 (clipping da OAB-São Bernardo do Campo);

– “Repercussão ‘barra’ temas constitucionais” – Valor Econômico de 11/11 (clipping do TSE);

– “Na mira, o Quinto Constitucional” – reportagem de Giselle Souza para o Jornal do Commercio de 11/11 (clipping do JusBrasil);

– “TJs não aderem ao recurso eletrônico” – Valor Econômico de 10/11 (clipping da Federasul).

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Uma foto às quartas


Foto: Apagão em São Paulo, na região do aeroporto de Congonhas, 10/11/09. No centro, em meio à escuridão, o shopping Ibirapuera. A autoria da bela foto é de Flavio Bacellar e a foto foi publicada no UOL.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Uniban é o sonho de todo advogado

Completamos duas semanas sem postagens. Nesse período, muita coisa aconteceu, mas poucos temas foram tão comentadas quanto o caso da estudante de turismo da Uniban - Universidade Bandeirante de São Paulo, verbalmente hostilizada por centenas de colegas universitários, sob a complacência de funcionários da instituição, que nada fizeram na defesa da jovem.

O motivo dos insultos que quase resultaram em agressões físicas? A aluna estava usando um vestido curto, que "provocava" os demais estudantes!! Para coroar o episódio de ignorância coletiva, a Uniban abriu uma sindicância para apurar o caso e divulgou o resultado em anúncio pago nos principais jornais paulistanos do último domingo (8/11). O resultado foi a expulsão da vítima, "em razão do flagrante desrespeito aos princípios éticos, à dignidade acadêmica e à moralidade".

É bem verdade que, diante de toda a repercussão negativa, o reitor da Uniban voltou atrás e suspendeu a decisão do conselho superior da instituição, o que não apaga o ridículo da nota oficial, que chegou até a acusar a aluna de fazer "um percurso maior que o habitual, aumentando sua exposição (...) o que alimentou a curiosidade e o interesse de mais alunos e alunas".

Em razão dos acontecimentos, é possível afirmar que a Uniban passou a ser o sonho de todo advogado. Afinal, neste momento, nada como ser o advogado da estudante insultada. Não faltam espaços na mídia para manifestação de seus defensores, que ainda contam com o apoio do MEC - Ministério da Educação e Cultura, do Ministério Público Federal, da UNE - União Nacional dos Estudantes, da Delegacia de Defesa da Mulher de São Bernardo do Campo, da OAB paulista e do Procon de São Paulo.

É uma oportunidade e tanto para seus advogados. Isso sem falar nas grandes chances de êxito em disputas judiciais contra a turma da Unitaliban, digo, Uniban.
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Sobre o assunto, confira o artigo "A culpada é a vítima", da jornalista Ligia Martins de Almeida, no Observatório da Imprensa.

Unitaliban faz sucesso na internet

A Uniban, agora também conhecida como Unitaliban, continua "bombando" na internet. É claro que a universidade não seria poupada após suas impensadas atitudes.

O divertido blog Éramos 6 elaborou uma sugestão para nova campanha publicitária da instituição:



O blogueiro Carlos Cardoso foi além. Criou nova e criativa tradução para um conhecido vídeo que faz sucesso na internet e a colocou no Youtube. O vídeo foi postado até no Blog do Noblat. Vale a pena conferir.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Vale a leitura! (Edição nº 121)

– “Marco Aurélio sinaliza que votará contra extradição de Battisti na próxima semana” – Folha Online de 26/10;

– “Marco regulatório em estudo” – Jornal do Commercio de 26/10, sobre a consulta pública que o Ministério da Justiça fará sobre a internet (clipping eletrônico AASP);

– “Problemas estão nas ruas, não na Constituição” – Entrevista com o jurista J. J. Gomes Canotilho, no Consultor Jurídico de 25/10;

– “O juiz e o direito de associação” – Artigo de Joaquim Falcão para O Estado de S.Paulo de 23/10 (clipping da AMPB);

– “Barbosa planeja gestão à frente do TSE” – Valor Econômico de 22/10 (clipping do Sinfrerj);

– “Jornalistas togados?” – Artigo de Washington Araújo para o site Carta Maior de 21/10;

– “Diploma de jornalista: uma questão já decidida” – Artigo de Judith Brito, publicado no Valor e no Globo de 20/10 (clipping da ANJ);

– “A cueca do Suplicy” – Folha de S.Paulo de 20/10. Ok, o texto de Fernando de Barros e Silva não tem nada de jurídico, mas foi o melhor que achei sobre o patético episódio protagonizado pelo senador do PT-SP (clipping do Ministério do Planejamento).

38 dias, um só tema, duas reportagens

Na última edição (nº 120) do boletim semanal Direito na Mídia, que circulou no dia 20/10, noticiamos com destaque reportagem de Frederico Vasconcelos para a Folha de S.Paulo de 19/10 sobre os expressivos números da penhora on-line.

Na ocasião, comentamos: "são constantes as reportagens sobre o tema, quase sempre destacando os aspectos positivos deste método de constrição judicial de bens...".

No dia seguinte, fomos alertados por um leitor do boletim que a referida matéria era praticamente uma cópia de outra, publicada anteriormente no Valor Econômico. Iniciamos então uma busca na internet até que a localizamos.

Com efeito, em 11 de setembro, o Valor publicou reportagem de Juliano Basile sobre o mesmo tema e com dados idênticos. Ambas citaram a quantia exata apreendida - R$ 47,2 bilhões - e ouviram, entre outros, a mesma fonte, o secretário-geral do Conselho Nacional de Justiça, juiz Rubens Curado.

O detalhe é que a matéria do Valor, acrescida de outra do repórter Arthur Rosa publicada na mesma data, quase 40 dias antes da que saiu na Folha, é mais completa, inclusive na discussão dos principais problemas da penhora on-line, os mesmos debatidos na Folha.
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Ficou na dúvida? Compare as reportagens "Penhora on-line já bloqueou R$ 47 bilhões" e "Advogados de devedores criticam 'excessos' cometidos pela Justiça", ambas do Valor de 11/9 (clipping do Ministério do Planejamento) e "Polêmica, penhora de bens feita pela internet dispara", da Folha de S.Paulo de 19/10 (clipping do Corecon-MG).

Para receber automaticamente o boletim Direito na Mídia, basta adicionar seu email no campo na coluna da direita deste blog e clicar em "Participe", ou escrever para contato@direitonamidia.com.br.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Anatel promete proteger internauta

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) está preparando um novo regulamento para o serviço de acesso à internet por banda larga, que, no Brasil, é muito caro e de baixíssima qualidade. A agência pretende que os internautas não passem por problemas como os enfrentados pelos assinantes do Speedy - serviço prestado pela Telefônica no Estado de São Paulo - que sofreram com seguidos e rotineiros problemas de acesso.

De acordo com reportagem do Jornal da Tarde, um dos principais objetivos do órgão regulador é garantir a entrega da velocidade contratada com os clientes. A título de exemplo, alguns contratos do Virtua - serviço prestado pela NET - possuem cláusula nitidamente abusiva que assegura uma velocidade de apenas 10% da contratada e paga pelo assinante.

Cláusulas como a possibilidade de rescisão contratual em 24h, suspensão anual por um período de 30 a 120 dias sem custo e controle das interrupções no serviço também devem estar presentes no regulamento.

Aguardemos, pois, as novas regras e, principalmente, seu cumprimento eficaz por parte da Anatel, já que a defesa dos consumidores não costuma ser uma grande preocupação das agências reguladoras brasileiras.
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Confira a reportagem "Usuário de internet terá regras de proteção", do Jornal da Tarde de 13/10.

sábado, 24 de outubro de 2009

Espaço Econômico

O tema econômico da semana foi a taxação do capital externo na Bolsa de Valores de São Paulo, a BM&FBovespa. Agora, os investidores estrangeiros recolhem 2% a título de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre as aplicações em renda fixa e em ações.

Para o portal UOL, a medida é ruim, como se percebe das reportagens "Estrangeiro tirou R$ 1,3 bi da Bovespa por causa do novo IOF" de 22/10 e "Em semana de novo imposto, Bovespa fecha no vermelho", de 23/10.

O Financial Times fez uma leitura bem diferente. Para o jornal britânico, o Brasil é "vítima do próprio sucesso econômico", por atrair capital externo a passos largos. "Todo mundo quer estar no Brasil neste momento", resumiu um analista ouvido pelo jornal.
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Confira, no site da BBC Brasil, em português, a reportagem "Brasil é 'vítima do próprio sucesso econômico', diz 'Financial Times'", publicada em 21/10.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Os riscos da Meta 2 do CNJ

Nacionalmente conhecida - há até campanha publicitária sobre ela - a elogiada Meta 2 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que pretende o julgamento, até o final deste ano, de todos os processos protocolizados em fóruns e tribunais até 2005, apresenta alguns riscos.

Reportagem de Marina Diana, para o DCI de 13/10, listou alguns deles, apresentados por advogados. O primeiro é o de que a meta contribua para o aumento no número de processos aguardando por uma decisão judicial, na medida em que os juízes gastarão muito tempo na solução dos casos antigos, em prejuízo de ações novas consideradas "fáceis", que poderiam ter um trâmite mais célere.

Outro advogado ouvido pela matéria lembrou da difícil conjugação dos fatores quantidade de decisões x qualidade das decisões. "Muitos casos serão julgados sem um estudo mais profundo por parte dos juízes e sem a atenção devida às peculiaridades de cada processo", sustentou.

A Meta 2 também não foi muito popular entre alguns advogados criminalistas, acostumados muitas vezes a buscar a prescrição das ações penais. Mas é claro que este argumento não foi mencionado à reportagem.

Em resumo, ficou demonstrado que, por melhores que sejam as intenções da Meta 2 do CNJ, que busca combater a morosidade no Judiciário, as opiniões nunca são unânimes. Aliás, há magistrados que comentam que a esquecida Meta 1 seja "sobreviver à Meta 2"!
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Confira a reportagem "Advogados temem atraso em ações com "maratona" do CNJ", no site do DCI.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Nuvens negras sobre o Cade

Os tempos andam nebulosos no Conselho Administrativo de Defesa Econômica, o Cade. Conselheiro renunciando ao mandato antes do término, desentendimentos entre os conselheiros, brigas com a Advocacia-Geral da União e com o Banco Central a respeito de competência de cada órgão...

Para complementar, o chefe da divisão de direito e política econômica da OCDE (a importante Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico), Bernard Phillips, em recente visita ao Brasil, criticou a lei de concorrência brasileira, por ele qualificada de "precária".

O fato foi noticiado pelo jornal DCI em 19/10. Verdade seja dita, Phillips elogiou os esforços das equipes do Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência, não sem antes lembrar que o Cade sequer tem quadro de pessoal próprio, outro de seus problemas...
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Confira a reportagem "Para OCDE, lei de concorrência brasileira ainda é 'precária'" - do DCI, no clipping eletrônico da AASP.

Um blog às quintas

Indicamos hoje o Blog do Haidar, do jornalista e grande amigo Rodrigo Haidar, ex-chefe de redação e ex-correspondente do Consultor Jurídico em Brasília.

Rodrigo trouxe a experiência adquirida em 12 anos de jornalismo jurídico para seu blog, sempre com boas notícias dos bastidores dos tribunais e da advocacia. Em destaque, a divertida seção Fora dos Autos.

Muito interessante também foi a entrevista concedida ao blog, com exclusividade, pelo italiano Cesare Battisti, publicada em 8/10.
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Visite o Blog do Haidar.

Só réu pobre vai para a cadeia?

No Brasil, dizia-se que só iam para a cadeia os chamados três "P"s, que - em linguagem politicamente incorreta - significava "preto, pobre e puta". Proclamava-se que acusados ricos contratavam bons advogados e, com isso, escapavam dos rigores da lei penal.

Uma pesquisa do Ministério da Justiça, divulgada pela Agência Brasil e reproduzida pelo Correio Braziliense de 16/10, mostra a outra face desta realidade. Segundo a reportagem, nada menos que 90% dos presos são atendidos pelas Defensorias Públicas.

Os números parecem-nos exagerados, especialmente quando se leva em conta que o Estado com o maior número de processos - São Paulo - possui uma defensoria ainda muito mal estruturada, como se observa das palavras do próprio defensor público de SP, Carlos Weis: "São Paulo tem 35 defensores para 150 mil presos"!

A conta não fecha! Por mais abnegados que sejam os defensores estaduais, não conseguiriam dar conta dos processos de 90% destes 150 mil detentos. Outro ponto: onde entram os advogados criminalistas mais simples? Uma rápida visita a qualquer fórum criminal do país e se vê uma infinidade deles. Seus clientes não são presos? Tais pontos, infelizmente, não foram questionados pelo repórter.
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Confira a reportagem "Defensoria pública atende 90% dos presos no Brasil", do Correio Braziliense.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Uma foto às quartas

Foto: Farol da Barra, Salvador/BA. Fotógrafo: Ricardo Maffeis.

Jornalistas-blogueiros reúnem-se no DF

O IESB, em parceria com a Escola Livre de Jornalismo, promove um evento imperdível na próxima semana: o clico de palestras O poder da Blogsfera e o jornalismo do século 21, que contará, entre outros, com as presenças dos renomados jornalistas Luís Nassif, Paulo Henrique Amorim e Luiz Carlos Azenha.

As inscrições são gratuitas, diretamente pelo site www.iesb.br, inclusive para não alunos da faculdade. As palestras vão de 26 a 30 de outubro, sempre às 19h.

O IESB está localizado na 613 Sul, Brasília. Mais informações pelo tel. (61) 3340-3747.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Vale a leitura! (Edição nº 120)

– “Ex-promotor Igor Ferreira da Silva é preso em São Paulo após oito anos foragido” – Último Segundo de 19/10;

– “Embriaguez ao volante (art. 306 do CTB): um erro atrás do outro” – ótimo artigo de Luiz Flávio Gomes, no Migalhas de 19/10;

– “STJ reconhece limites de atuação do Ecad em transmissões promovidas pela MTV” – site do STJ de 19/10;

– “Justiça condena empresa a pagar indenização por ‘dumping social’” – Valor Econômico de 19/10 (clipping do Ministério do Planejamento);

– “Para OCDE, lei de concorrência brasileira ainda é ‘precária’” – DCI de 19/10;

– “Polêmica, penhora de bens feita pela internet dispara” – Folha de S.Paulo de 19/10 (versão resumida na Folha Online, com interessante infográfico);

– “Juristas querem criar um só recurso por instância” – Valor Econômico de 16/10 (clipping da OAB-São Bernardo do Campo);

– “Temer e líderes na Câmara enterram PEC dos Cartórios” – Folha de S.Paulo de 14/10 (clipping da ANPR).

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Surge um novo jornal econômico

Uma boa notícia, pouco tempo depois do fechamento da Gazeta Mercantil, em maio deste ano. O grupo português Ongoing lançou, na última quinta-feira (8/10) o Brasil Econômico, novo jornal de economia, com circulação de segunda a sábado.

Nos primeiros dias, o jornal está sendo distribuído apenas em São Paulo, mas, tal qual a extinta Gazeta e o Valor Econômico, deverá, em breve, circular também nas principais capitais.

Tentamos encontrar o jornal em algumas bancas da capital paulista para passarmos as primeiras impressões a nossos leitores, mas a tentativa foi infrutífera.

Informações do site especializado em jornalismo Comunique-se dão conta de que o novo veículo já conta com uma equipe de 70 jornalistas, vários deles ex-funcionários da Gazeta. O diretor de redação é o jornalista Ricardo Gallupo.
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Na falta do impresso, conheça o site do Brasil Econômico.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Espaço Econômico

Para quem não se contenta com os baixos rendimentos da poupança ou dos fundos com altas taxas de administração ofertados pela maioria dos bancos, a Bolsa de Valores é indicada como uma boa opção.

Depois dos períodos de baixa relacionados à crise econômica mundial, a Bovespa tem dado seguidos sinais de recuperação em 2009. O mais recente foi verificado ontem, 8/10, quando fechou acima dos 63 mil pontos pela primeira vez em quinze meses.

Esta semana ainda trouxe outra notícia posivita, com o IPO do banco Santander, que relembrou os tempos pré-crise, marcados por sucessivas e exitosas aberturas de capitais. Para completar, o dólar dos EUA já está cotado em R$ 1,738, o menor valor desde 8 de setembro do ano passado.

Ponto para quem manteve seu capital na Bolsa durante o período de vacas magras.
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Confira a reportagem "Bovespa fecha acima dos 63 mil pontos pela 1ª vez em 15 meses", do UOL Economia.

Querem controlar a internet (parte III)

Esta semana, apresentamos dois exemplos de pessoas jurídicas que, cada uma a seu modo, buscou limitar a liberdade de expressão na internet. Mas, tanto o dono do bar que não aceita críticas, quanto o político que se julga no direito de reservar todos os endereços virtuais que lembrem o órgão onde atua não chegam perto dos projetos de lei que pretendem regulamentar a rede.

Primeiro, foi o famigerado Projeto Azeredo, provavelmente o pior já elaborado sobre o tema. Agora, o Governo Federal anuncia a vontade de criar um marco regulatório para a internet. Este foi um dos temas da atual edição (nº 119) do boletim semanal Direito na Mídia, que circulou na terça-feira.

Embora qualquer tentativa de regulamentação da internet deva ser vista com cautela, pelo menos a iniciativa do Governo prevê a participação popular. Fala-se na criação de um blog pelo Ministério da Justiça para que os interessados apresentem suas ideias. A seguir, a pasta comandada por Tarso Genro redigirá um projeto de lei que retornará ao blog, para 45 dias de comentários por parte dos internautas.

É um bom começo. Antes de elogiar, porém, aguardemos.
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Confira a reportagem "Governo prepara estatuto para internet", da Folha de S.Paulo de 5/10, no clipping eletrônico da AASP.

Para receber automaticamente o boletim Direito na Mídia, basta adicionar seu email no campo na coluna da direita deste blog e clicar em "Participe", ou escrever para contato@direitonamidia.com.br.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Dois blogs às quintas

Indicaremos, desta vez, dois blogs que foram assunto na semana.

Em primeiro lugar, o blog A Boa (e a Má) Educação, de Renata Cafardo. Renata é a jornalista do Estadão que desvendou a fraude no Enem. Em conjunto com a direção do jornal, atuou com seriedade e ética, levando ao conhecimento do Ministério da Educação o golpe e publicando a reportagem antes da realização do exame.

O blog de Renata é inteiro dedicado à educação.

O outro indicado é o blog Câmara Aberta, que foi assunto desta página nesta quarta. Sete estudantes de jornalismo da Universidade Federal de Viçosa conduzem o blog, dedicado à cobertura dos trabalhos e votações da Câmara de Vereadores local. Conteúdo de primeira!
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Visite os blogs A Boa (e a Má) Educação e Câmara Aberta.

Derrota histórica da OAB

E na queda-de-braço travada entre a OAB e o STJ sobre a rejeição da lista sêxtupla apresentada pela Ordem para o preenchimento de vaga de ministro daquela corte, a OAB levou a pior. Nesta terça, por 3 votos a 2, o Supremo decidiu que o STJ pode sim recusar a indicação, sem necessidade de justificar os motivos.

De certa forma, a notícia foi uma surpresa. Era esperado por muitos - inclusive por este blog - que o Supremo não obrigasse o STJ a escolher três nomes da lista apresentada, mas que justificasse a recusa. Havia um importante precedente neste sentido envolvendo o TJ de São Paulo.

Não imagino o desdobramento do caso concreto. Talvez a Ordem ainda tente alguma outra medida judicial ou decida simplesmente apresentar nova lista para apreciação do STJ. Mas duas previsões devem se concretizar: 1. os tribunais estaduais e TRFs passarão a recusar algumas listas apresentadas pelas seccionais da OAB e 2. a campanha pelo fim do quinto constitucional - com destaque para a Anamatra* - vai se intensificar.
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Confira a notícia sobre o julgamento no site do STF e a repercussão no G1, no Consultor Jurídico, e nos blogs Direito e Democracia e Contencioso, respectivamente dos amigos Hugo de Brito Machado Segundo e Ermiro Neto.

* Associação Nacional dos Magistrados do Trabalho

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Querem controlar a internet (parte II)

Um de nossos leitores, estudante de jornalismo da Universidade Federal de Viçosa, relatou-nos um problema pelo qual passou. Como parte da disciplina webjornalismo, ele e alguns colegas criaram um blog para cobrir as atividades da Câmara de Vereadores local.

O nome do blog é Câmara Aberta e foi registrado no endereço "camaravicosa.blogspot.com". O blog está devidamente identificado como parte do projeto universitário dos estudantes e seus autores, sete ao total, também se apresentam claramente. Vale o destaque: Os autores deixam claro não se tratar de um blog oficial e ainda indicam aos leitores o site da Câmara da cidade.

Mesmo com tudo isso, alguns vereadores e a assessoria de imprensa da casa reclamaram muito e praticamente "exigiram" que eles mudassem de endereço virtual. O argumento: o blog dos estudantes poderia ser confundido com um futuro blog oficial (leia-se, chapa-branca) que a Câmara ainda planejava criar.

Por questões de boa vizinhança e para não prejudicar os objetivos do trabalho acadêmico, os estudantes optaram por mudar o endereço do blog para "camaraabertavicosa.blogspot.com". Desde então, a boa notícia é que não houve mais problemas com os vereadores, que passaram a atender bem os futuros jornalistas da cidade.

Embora o problema específico já esteja superado, a discussão é muito interessante. Até onde vai o direito da Câmara? Tem ela a real pretensão de proibir o uso do nome "Câmara Viçosa" em toda a internet? Aí incluídos Blogger, Wordpress, Twitter, Orkut, Facebook, Youtube, Myspace, Fotolog, Flickr, Ning e as outras tantas redes sociais já criadas ou ainda por vir...

Diante de atitudes como esta, gosto de lembrar do exemplo de um certo jornal, já centenário, um dos três mais importantes do país. Será que algum governador já quis alterar o nome de O Estado de S.Paulo porque poderia ser confundido com o diário oficial do Estado?

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Vale a leitura! (Edição nº 119)

– “Empresa deve provar que não polui” – Valor Econômico de 5/10 (clipping eletrônico da AASP);

– “STF suspende posse de suplente de vereador” – Folha de S.Paulo de 3/10 (clipping da ANPR);

– “STF decidirá onde autor de blog deve responder por ofensa veiculada” – notícia do site do STF, 2/10;

– “As críticas do STJ ao TJSP” – Editorial de O Estado de S.Paulo de 1°/10 (reproduzido no site do desembargador Irineu Pedrotti);

– “Supremo tem apenas dois juízes de carreira” – Folha de S.Paulo de 1°/10 (reproduzida no JusBrasil);

– “Whirlpool vai pagar ao Cade R$ 100 milhões” – Valor Econômico de 1°/10 (reproduzida no Último Segundo);

– “Uma Justiça cega para o racismo” – Jornal do Brasil de 30/9.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

E a censura ao Estadão? Até quando?

Se tem um caso que beira ao surreal é o da censura ao jornal O Estado de S.Paulo. Tudo começou com uma decisão liminar de um desembargador do TJ do Distrito Federal (TJDFT), que acatou pedido do empresário Fernando Sarney e proibiu o matutino paulista de publicar reportagens ligadas à Operação Boi Barrica que citassem o autor.

Tempos depois, decidiu-se pelo afastamento do caso daquele desembargador, por possíveis ligações com a família Sarney. A censura ao Estadão, contudo, perdurou.

Na última semana, a 5ª Turma do TJDFT entendeu que aquela corte não tem competência para julgar a ação, que será agora encaminhada à Justiça Federal de primeiro grau do Maranhão. Mesmo sem competência para o julgamento do feito, a censura foi mantida!

O que mais falta acontecer? Do jeito que as coisas andam, é capaz que a Justiça Federal afirme que não pode cancelar a liminar por ter sido proferida por outro órgão do Judiciário...
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Confira a reportagem "TJ-DF mantém censura contra o jornal Estadão", no Consultor Jurídico de 1º/10.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

A importância do estudo da jurisprudência

Na última edição do boletim semanal Direito na Mídia - que retomou sua circulação normal nesta terça-feira - analisamos reportagem do jornal Valor Econômico que trouxe os resultados de pesquisa realizada pela Unimed/BH junto ao STJ e aos TJs de São Paulo, Rio, Minas e Rio Grande do Sul.

O estudo da jurisprudência dos principais tribunais, amplamente favorável aos usuários dos planos de saúde, possibilitou que a empresa modificasse sua conduta interna, "incorporando procedimentos à sua cobertura para evitar conflitos com seus cilentes".

Tal postura, além de diminuir custos para a empresa, beneficia a sociedade como um todo, por contribuir com a redução do número de ações em trâmite na Justiça. Isso, claro, se a informação repassada se confirmar.
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Confira a reportagem "Usuários de plano de saúde vencem disputas na Justiça", do Valor Econômico de 25/9, reproduzida no clipping eletrônico da AASP.

Para receber automaticamente o boletim Direito na Mídia, basta adicionar seu email no campo na coluna da direita deste blog e clicar em "Participe", ou escrever para contato@direitonamidia.com.br.

Um blog às quintas

O blog indicado hoje é exatamente o Resenha em 6, objeto da nota imediatamente anterior e que se viu envolvido em uma polêmica que quase resulta em um processo judicial em razão de um comentário feito sobre um bar paulistano chamado São Bento.

Seus autores definem o blog como "Resenhas de filmes, CDs, DVDs, livros, shows, botecos, restaurantes e programas de TV: sem enrolação e em seis linhas ou menos". E eles seguem ao pé da letra o lema, em especial o "sem enrolação". As críticas são diretas e, é claro, há mais críticas que elogios nas postagens.

Assumo que provavelmente eu não viria a conhecer o blog, não fosse o sucesso inesperado proporcionado pelos proprietários do bar. Agora, o Resenha em 6 virou cult.
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Visite o blog Resenha em 6.

Querem controlar a internet (parte I)

É impressionante como tem gente querendo controlar a livre opinião que circula pela internet. Só hoje fiquei sabendo de uma briga que já está conhecida em São Paulo, a dos autores do blog Resenha em 6 contra os proprietários de um bar chamado São Bento.

Segundo o site da revista PC World, os proprietários do bar notificaram judicialmente os responsáveis pelo blog porque estes teriam descrito o São Bento como o "pior bar do sistema solar". O advogado que assina a notificação afirmou que o estabelecimento teria sido alvo dos crimes de injúria, difamação e falsidade ideológica.

Os ofendidos teriam exigido (sic) a retirada - em 24 horas - do post que falava sobre o bar, assim como de uma nota colocada no Twitter. O blog preferiu retirar o conteúdo do ar a se envolver em uma briga judicial.

É claro que os donos do bar têm o direito de pleitear as medidas que entenderem cabíveis, inclusive judicialmente. Mas, como diz Fernando Badô, um dos autores do blog, a impressão que fica é que uma batalha nos tribunais, "dependendo do caso, deve ser mais fácil de levar do que investir na qualidade do serviço". Seria interessante conferir como o Judiciário trataria esta questão.

Um dos resultados da medida é que muita gente que sequer sabia da existência daquele blog, hoje já possui uma referência negativa sobre o bar.
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Confira a reportagem "Proprietários notificam extrajudicialmente e blog tira do ar crítica sobre bar", da revista PC World.

Vale a pena também uma rápida pesquisa com os termos "bar São Bento" no site de vídeos Youtube. Lá, existe um vídeo de 1 minuto de duração que já possui quase 17 mil visitações. Mostra o modo que um provável funcionário do bar teria abordado um cliente.

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Uma foto às quartas


Foto: Pescadores, na Ilha do Mel (PR). Fotógrafa: Mazé Leite, grande amiga e uma das principais colaboradoras deste blog.

Escritórios investem em Brasília

Foi-se o tempo em que os grandes escritórios investiam em Brasília - com filiais próprias ou em parceria com bancas da capital - apenas para o acompanhamento das ações em trâmite nos tribunais superiores.

Reportagem de Luiza de Carvalho para o Valor Econômico demonstrou que os escritórios diversificaram seus negócios, seja assessorando as empresas locais em ramos como tributário ou sucessão familiar, seja atuando junto às agências reguladoras, tais como Anatel, Anvisa e Anac.

Outro filão, este bem mais recente, está na advocacia junto ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ), onde os causídicos revezam-se na defesa de cartórios e de magistrados.

OBS: os textos não são recentes, datam de 15/9. Decidi comentá-los por não terem perdido a importância passados esses dias.
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Confira as reportagens "Escritórios diversificam serviços em Brasília" e "CNJ é o novo nicho do mercado para bancas", ambas do Valor Econômico de 15/9, reproduzidas no clipping do escritório Pinheiro Neto.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Entrevista com Gilson Dipp

Destacamos ontem dois textos da edição que está nas bancas da revista Carta Capital. No primeiro, intitulado "Limpeza na Justiça", o repórter Leandro Fortes traça um panorama da atuação do Conselho Nacional de Justiça - CNJ.

A seguir, a revista publicou uma entrevista com o corregedor do CNJ, ministro Gilson Dipp.

Embora ainda não tenhamos conseguido localizar um link aberto para a reportagem, o site da OAB-RJ publicou a entrevista na íntegra, que você confere abaixo.
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Confira a entrevista "Contra os fidalgos dos tribunais", da Carta Capital.

Vale a leitura! (Edição nº 118)

– “Em defesa de um imposto mundial” – Artigo de Peer Steinbrück, ministro das Finanças da Alemanha, no Valor Econômico de 28/9 (clipping do Ministério do Planejamento);

– “Jurídico de empresas busca definições com terceirizados” – DCI de 28/9 (clipping da OAB-São Bernardo do Campo);

– “TST pode dispensar advogado” – Jornal do Commercio de 28/9 (reproduzida no JusBrasil);

– “Ataque à farra das horas extras” – Correio Braziliense de 27/9;

– “Advogados defendem indicação de Toffoli” – Folha de S.Paulo de 27/9 (clipping do Ministério do Planejamento);

– “Prisão por recusa a teste de bafômetro é ilegal” – Artigo de Fábio Antônio Tavares dos Santos, no Consultor Jurídico de 21/9;

– “Condenação penal está mais difícil” – Valor Econômico de 18/9 (clipping eletrônico da AASP).

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

PMs ameaçam juiz no Pará

Parece ficção, mas não é. Na comarca de Rondon do Pará (PA), um grupo de policiais militares invadiu o fórum da cidade e ameçou o juiz de Direito do local, que havia condenado três milicianos pela prática de vários crimes, dentre os quais abuso de autoridade e tortura.

A invasão ocorreu logo após a leitura da sentença e, de acordo com o informativo Migalhas, o juiz foi obrigado a se trancar em seu gabinete até que deixassem o fórum. Acrescente-se que os policiais estavam "fortemente armados, até com metralhadoras".

Acusado de liderar a invasão, o capitão da PM negou as acusações.

Brasil il il il!!!
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Confira a reportagem "PMs fortemente armados invadem fórum de Rondon do Pará/PA em protesto à decisão de magistrado", do Migalhas de 24/9.

O combate às mazelas da Justiça

A revista Carta Capital desta semana dedicou uma reportagem e uma entrevista ao Conselho Nacional de Justiça - CNJ, em especial à atuação de seu corregedor, ministro Gilson Dipp, do STJ.

A matéria assinada pelo repórter Leandro Fortes mostra como o CNJ tem inspecionado os tribunais de segunda instância e corrigido problemas que antes permaneciam ocultos, como "nepotismo, clientelismo, patrimonialismo, corrupção" e outros desvios.

Um dos maiores problemas seria a "absoluta falta de planejamento e de gestão" no Judiciário. Na entrevista, o corregedor comenta as consequências das visitas do CNJ aos Estados, a formação dos servidores da Justiça e até a relação CNJ-Supremo, recentemente questionada pelo ministro Marco Aurélio, do STF.

OBS: Ainda não conseguimos localizar links abertos para as matérias da Carta Capital, de modo que, por enquanto, só adquirindo a revista.
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Sobre a atuação do CNJ, indicamos também uma reportagem da revista IstoÉ de junho deste ano, de autoria de Hugo Marques, focada principalmente nas obras do Judiciário.