Carlos Eduardo Lins da Silva, ombudsman da Folha de S.Paulo, criticou o jornal por ter permitido que o médico Roger Abdelmassih utilizasse um dos espaços mais nobres da Folha (a página A3 - Tendências/Debates) para se defender de acusações pessoais de assédio*.
Em sua coluna de 1º de fevereiro, o ombudsman afirmou que aquele espaço é destinado à discussão de ideias e não para defesa de crimes comuns e sugeriu que o jornal tivesse entrevistado o médico. No último domingo (8/2), voltou ao tema, ao lembrar que o mesmo espaço não foi oferecido aos acusadores.
A questão é interessante, principalmente porque, regra geral, é a acusação que recebe cobertura privilegiada dos meios de comunicação, ficando a defesa relegada aos trechos finais das reportagens policiais.
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* Comentamos o tema neste blog, em 27 e 28/1. Confira na seção Arquivo, no lado direito da página.
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