O advogado Oswaldo Pepe escreveu um artigo no informativo Migalhas da última segunda-feira (16/2) onde critica a contratação de assessorias de imprensa por escritórios de advocacia.
O autor, que entende ser desnecessária a contratação de tal serviço, faz críticas como a ausência de estratégias de comunicação, a não captação de novos clientes com as aparições na mídia e a limitação dos serviços prestados pelas assessorias.
Não conheço o autor e nada posso afirmar sobre a experiência dele nesta área, mas discordo de suas opiniões.
É claro que existem assessorias de diferentes qualidades e preços, mas a generalização de que o serviço é mal feito não condiz com a realidade. Também não concordo com a afirmação de que advogados ainda não famosos ou de pequenos escritórios não devem se preocupar com a grande imprensa, que não seria "sua praia".
Achei um texto na internet escrito pelo experiente jornalista Ricardo Kotscho, que esteve na área de comunicação do primeiro mandato do Governo Lula. Nele, Kotscho demonstra a importância de uma boa assessoria na área governamental. O exemplo, tiradas as naturais diferenças, pode ser transportado para outras áreas, inclusive a jurídica.
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Confira o texto "Os dois lados do balcão", de Ricardo Kotscho, publicado no blog do autor;
Em "Sobre serviços de assessoria de imprensa para escritórios de advocacia", você confere a opinião de Oswaldo Pepe, publicada no Migalhas.
Um comentário:
QUINTA-FEIRA, 19 DE FEVEREIRO DE 2009
Assessoria de imprensa para escritórios
O advogado Oswaldo Pepe...
que há mais de 30 anos dedica-se à comunicação empresarial, se me permite a atualização...
escreveu um artigo no informativo Migalhas da última segunda-feira (16/2) onde critica a contratação de assessorias de imprensa por escritórios de advocacia.
O artigo não faz crítica; é mais um alerta feito em função do fato de que os escritórios - em geral, não entendem o serviço e consequentemente não o utilizam convenientemente. Partem de uma premissa falha: de que saindo na imprensa vão atrair mais clientes.
O autor, que entende ser desnecessária a contratação de tal serviço,
Não digo isto em nenhum lugar; mas compreendo que não é difícil depreender isto em uma leitura mais rápida do longo texto. Talvez minha escrita não esteja suficientemente clara.
faz críticas como a ausência de estratégias de comunicação,
não é uma crítica, é uma constatação. Certamente haverá os que têm uma cuidadosa estratégia de comunicação. Os que tenho observado, apresentam um patchwork mal costurado de diversas técnicas e estilos. Como até hoje os clientes é que procuram os advogados e não - como brevemente - ao contrário, "parece" que funciona.
a não captação de novos clientes com as aparições na mídia
também não se trata de uma crítica, é um fato. A contratação de um advogado ou de um escritório de advocacia não se dá simplesmente por uma leitura de jornais ou revistas, nem de várias leituras. O papel da imprensa é secundário, complementar e apenas indicado em situações dadas. Não funciona sem fazer parte de uma estratégia de comunicação, precisa explicar, não é evidente ?
e a limitação dos serviços prestados pelas assessorias.
de que limitação voce fala ? Não há limitação, há não compreensão e má utilização.
Não conheço o autor e nada posso afirmar sobre a experiência dele nesta área, mas discordo de suas opiniões.
Não nos conhecemos mas a internet via o google agora nos põem mais uma vez em contato; digo mais uma vez porque já conhecia seu belo trabalho via este blog. Este dado talvez seja de importância para os advogados que porventura nos lerão.Falo mais deste item abaixo.
É claro que existem assessorias de diferentes qualidades e preços, mas a generalização de que o serviço é mal feito não condiz com a realidade.
Em nenhum momento digo que o serviço é mal feito; explico que é mal compreendido, mal utililizado e que em uma grande maioria das vezes as assessorias não são ouvidas como deveriam pelos clientes. As assessorias, em geral, sabem fazer seu serviço muito bem: quando conseguem que o cliente entenda. O que não é fácil, principalmente com advogados. Isto não é crítica, é constatação.
Também não concordo com a afirmação de que advogados ainda não famosos ou de pequenos escritórios não devem se preocupar com a grande imprensa, que não seria "sua praia".
Se essa é a sua visão, a respeito. Reitero entretanto de que na comunicação efetiva, do dia-a-dia, que busque resultados concretos, raríssimas são as vezes que "advogados não famosos e de pequenos escritórios" têm material que possa interessar à grande imprensa. Isto é um fato, que deve ser confirmado por uma ou outra exceção à regra.
Vejo que para estes - nesta época de estratégias digitais - existem melhores instrumentos de comunicação do que o fornecido pela grande imprensa. A custos melhores.
Parabéns pelo trabalho e até uma próxima vez.
Oswaldo Pepe
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