terça-feira, 9 de outubro de 2012
Direito na Mídia faz uma pausa de um mês
Caros leitores,
Editar e manter atualizado o Direito na Mídia é uma das atividades que faço com maior prazer. Mesmo sendo voluntário e não tendo qualquer contrapartida financeira, a possibilidade de discutir as reportagens jurídicas publicadas na imprensa me anima a prosseguir com o projeto.
Entretanto, às vezes torna-se difícil equilibrar os compromissos profissionais com a periodicidade desejada no blog. É o que vai acontecer nas próximas quatro semanas, em que me dedicarei a uma outra empreitada que não me permitirá atualizá-lo.
Assim, faço uma pausa no blog hoje - no dia da 33ª sessão de julgamento do mensalão no STF - para retomar as publicações a partir de 5 de novembro. Neste período, pela facilidade de atualização, procurarei manter o Twitter @direitonamidia em dia.
Conto com a compreensão de todos. Até a volta,
Ricardo Maffeis
Editor
As torcidas e o julgamento do mensalão
Por estar acompanhando de perto o julgamento do mensalão, fui entrevistado pela Advocef em Revista, a revista mensal da Associação Nacional dos Advogados da Caixa Econômica Federal.
Na entrevista - que pode ser lida aqui - tratei das verdadeiras torcidas que se formam nas redes sociais em cada sessão de julgamento do Supremo.
Para uns, o ministro Joaquim Barbosa é mero repetidor das teses da acusação, quer colocar todo mundo na cadeia e se contenta em condenar mesmo sem provas. Para outros, o ministro Ricardo Lewandowski quer livrar os réus petistas, acredita em Papai Noel e está "pagando" por sua nomeação ao STF.
Não interessam os argumentos jurídicos dos votos, as discussões entre os ministros, nada. O clima é de Fla X Flu ou de São Paulo X Corínthians, os dois maiores clássicos do futebol brasileiro.
Aproveite e confira a íntegra da edição de setembro da revista da Advocef, editada pelo jornalista Mário Goulart Duarte.
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Atualização das 10h50: correção do link para a entrevista, que não estava funcionando.
Na entrevista - que pode ser lida aqui - tratei das verdadeiras torcidas que se formam nas redes sociais em cada sessão de julgamento do Supremo.
Para uns, o ministro Joaquim Barbosa é mero repetidor das teses da acusação, quer colocar todo mundo na cadeia e se contenta em condenar mesmo sem provas. Para outros, o ministro Ricardo Lewandowski quer livrar os réus petistas, acredita em Papai Noel e está "pagando" por sua nomeação ao STF.
Não interessam os argumentos jurídicos dos votos, as discussões entre os ministros, nada. O clima é de Fla X Flu ou de São Paulo X Corínthians, os dois maiores clássicos do futebol brasileiro.
Aproveite e confira a íntegra da edição de setembro da revista da Advocef, editada pelo jornalista Mário Goulart Duarte.
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Atualização das 10h50: correção do link para a entrevista, que não estava funcionando.
segunda-feira, 8 de outubro de 2012
A previsível capa da Veja
No dia 23 de julho - antes do início do julgamento do mensalão - publicamos aqui no blog uma postagem com o título: "Mensalão, o caso da vida de Joaquim Barbosa". É, disparado, o post mais lido de Direito na Mídia.
Naquela ocasião, lembramos da capa anterior de Veja com o ministro Joaquim Barbosa, em setembro de 2007, e afirmamos:
"Praticamente tudo de negativo que foi dito sobre o ministro Joaquim Barbosa será deixado de lado pela mídia caso se confirme a expectativa e ele vote pela condenação dos réus mais importantes do mensalão. Nada poderia ser melhor para quem, pouco após o término do julgamento, assumirá a Presidência do STF.
Oriundo do Ministério Público Federal e acostumado a exercer o papel de acusador, Barbosa ganhará as páginas dos jornais e grande destaque nas TVs por ser o prolator do primeiro voto, aquele que deverá servir de parâmetro para as discussões dos demais ministros."
Assim, não nos surpreende a polêmica capa (foto) desta semana: "O menino pobre que mudou o Brasil", publicada quase simultaneamente a uma grande entrevista concedida a Mônica Bergamo, na Folha de S.Paulo de domingo: "Relator do mensalão afirma que votou em Lula e Dilma" e "Barbosa será eleito para presidir STF na quarta".
Aliás, com a popularidade que o relator do mensalão alcançou, não duvidaremos se ele dividir a bancada com William Bonner no dia seguinte ao término do julgamento.
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PS: sobre a popularidade de Barbosa, vale conferir reportagem do jornal Extra (RJ) com a aposta dos comerciantes fluminense para o Carnaval 2013.
Atualização de 9/10 - 10h45: inclusão do link para a reportagem da Veja.
Naquela ocasião, lembramos da capa anterior de Veja com o ministro Joaquim Barbosa, em setembro de 2007, e afirmamos:
"Praticamente tudo de negativo que foi dito sobre o ministro Joaquim Barbosa será deixado de lado pela mídia caso se confirme a expectativa e ele vote pela condenação dos réus mais importantes do mensalão. Nada poderia ser melhor para quem, pouco após o término do julgamento, assumirá a Presidência do STF.
Oriundo do Ministério Público Federal e acostumado a exercer o papel de acusador, Barbosa ganhará as páginas dos jornais e grande destaque nas TVs por ser o prolator do primeiro voto, aquele que deverá servir de parâmetro para as discussões dos demais ministros."
Assim, não nos surpreende a polêmica capa (foto) desta semana: "O menino pobre que mudou o Brasil", publicada quase simultaneamente a uma grande entrevista concedida a Mônica Bergamo, na Folha de S.Paulo de domingo: "Relator do mensalão afirma que votou em Lula e Dilma" e "Barbosa será eleito para presidir STF na quarta".
Aliás, com a popularidade que o relator do mensalão alcançou, não duvidaremos se ele dividir a bancada com William Bonner no dia seguinte ao término do julgamento.
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PS: sobre a popularidade de Barbosa, vale conferir reportagem do jornal Extra (RJ) com a aposta dos comerciantes fluminense para o Carnaval 2013.
Atualização de 9/10 - 10h45: inclusão do link para a reportagem da Veja.
sexta-feira, 5 de outubro de 2012
Enquanto isso, na novela do mensalão...
Pablo Carranza captou bem o interminável julgamento do mensalão. Visite o blog do Carranza e aproveite para conhecer (e comprar) seu mais novo livro "Se a vida fosse como a internet".
quinta-feira, 4 de outubro de 2012
CNJ quer orientar comunicação no Judiciário
O jornalista Fernando Rodrigues informou ontem, em seu blog, que o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) propõe a criação de um Comitê de Comunicação do Judiciário para centralizar as ações comunicacionais dos tribunais de todo país.
A ideia do CNJ é criar diretrizes para as produções de rádio e TV dos tribunais, buscar soluções para que o serviço seja eficiente e de qualidade e dar publicidade às prestações de contas e decisões mais importantes de cada corte. Mas há também um ponto que fala em "identificar o descumprimento desses itens".
Ponderou então Rodrigues: "não fica claro se o Comitê de Comunicação do Judiciário teria poder para vetar a divulgação de dados (...) nem como seria realizada a supervisão sobre o descumprimento de ações de comunicação das diversas seções do Judiciário no país".
Se instalado o comitê, Direito na Mídia sugere que a fiscalização se inicie pelo Tribunal Superior Eleitoral e suas campanhas televisivas de gosto e qualidade duvidosas, exibidas em rede nacional de TV.
A ideia do CNJ é criar diretrizes para as produções de rádio e TV dos tribunais, buscar soluções para que o serviço seja eficiente e de qualidade e dar publicidade às prestações de contas e decisões mais importantes de cada corte. Mas há também um ponto que fala em "identificar o descumprimento desses itens".
Ponderou então Rodrigues: "não fica claro se o Comitê de Comunicação do Judiciário teria poder para vetar a divulgação de dados (...) nem como seria realizada a supervisão sobre o descumprimento de ações de comunicação das diversas seções do Judiciário no país".
Se instalado o comitê, Direito na Mídia sugere que a fiscalização se inicie pelo Tribunal Superior Eleitoral e suas campanhas televisivas de gosto e qualidade duvidosas, exibidas em rede nacional de TV.
quarta-feira, 3 de outubro de 2012
A três dias das eleições, mensalão chega no PT
Para alguns, mera coincidência. Para outros, tudo estrategicamente pensado. O fato é que, dois meses e 30 sessões após seu início, o julgamento do mensalão atinge seu momento mais esperado, a análise das condutas dos acusados José Dirceu, José Genoino e Delúbio Soares, todos do PT.
Para a oposição ao Governo federal, a data não poderia ser melhor. Faltando apenas três dias para o primeiro turno das eleições municipais, a imprensa repercutirá à exaustão as pesadas afirmações do ministro Joaquim Barbosa contra os antigos líderes petistas.
É provável que o voto do relator ocupe as sessões de hoje e de amanhã do Supremo e o revisor - que tem sido um contraponto a Barbosa - somente inicie seu voto na próxima segunda-feira, após o pleito.
Confira algumas reportagens dos jornais desta quarta-feira:
- "STF inicia hoje julgamento de Dirceu, Delúbio e Genoino", de O Estado de S.Paulo;
- "Relator deve condenar hoje Dirceu, Genoino e Delúbio", de O Globo;
- "Ministros do Supremo começam hoje a julgar antiga cúpula do PT", do Valor Econômico;
- "STF começa hoje a julgar Dirceu e petistas", da Folha de S.Paulo.
Entre a inocência de uns e a teoria conspiratória de outros, não causará espanto se a dosimetria das penas tiver início na semana que antecede o segundo turno.
Para a oposição ao Governo federal, a data não poderia ser melhor. Faltando apenas três dias para o primeiro turno das eleições municipais, a imprensa repercutirá à exaustão as pesadas afirmações do ministro Joaquim Barbosa contra os antigos líderes petistas.
É provável que o voto do relator ocupe as sessões de hoje e de amanhã do Supremo e o revisor - que tem sido um contraponto a Barbosa - somente inicie seu voto na próxima segunda-feira, após o pleito.
Confira algumas reportagens dos jornais desta quarta-feira:
- "STF inicia hoje julgamento de Dirceu, Delúbio e Genoino", de O Estado de S.Paulo;
- "Relator deve condenar hoje Dirceu, Genoino e Delúbio", de O Globo;
- "Ministros do Supremo começam hoje a julgar antiga cúpula do PT", do Valor Econômico;
- "STF começa hoje a julgar Dirceu e petistas", da Folha de S.Paulo.
Entre a inocência de uns e a teoria conspiratória de outros, não causará espanto se a dosimetria das penas tiver início na semana que antecede o segundo turno.
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