Foi um sucesso de audiência, ontem, o início do julgamento no STF sobre a validade das cotas raciais nas universidades públicas. Transmitida ao vivo pela TV Justiça e reproduzida pelo site da própria TV e pelos portais UOL e G1, a sessão foi acompanhada e comentada nas redes sociais, com destaque para o Twitter, que teve o nome da vice-procuradora-geral da República Deborah Duprat nos tópicos mais comentados do dia.
A possibilidade de acompanhamento por quem não teria condições de estar no plenário do Supremo Tribunal Federal é, sem dúvida, o ponto mais positivo das transmissões da TV Justiça. Do contrário, teríamos que aguardar as matérias produzidas pelos meios de comunicação tradicional ou, no máximo, acompanhar as informações dos jornalistas-tuiteiros que estavam na corte, com destaque para Felipe Seligman da Folha de S.Paulo e Rodrigo Haidar, do Consultor Jurídico.
Mas nem tudo é positivo na TV Justiça. O ministro Luiz Fux, do STF, comentando sobre as transmissões e os longos votos proferidos em razão da TV, certa vez afirmou: "eu confesso que passei a entender reality shows a partir do STF".
Ontem pudemos ver outro lado negativo. Não temos dúvida em afirmar que, não houvesse a transmissão ao vivo, nem um terço dos advogados representantes dos amici curiae teria se dado ao trabalho de ir ao Supremo sustentar oralmente.
O palanque eletrônico seduziu um número exagerado de advogados(as), boa parte deles(as) sem o menor preparo. Houve, é evidente, exceções, como as boas intervenções de Márcio Thomaz Bastos, ex-ministro da Justiça, e do advogado Édio Silva Júnior. Mas, claramente, vários dos que ocuparam a tribuna o fizeram na tentativa de buscar visibilidade.
Para finalizar, um comentário que fez sucesso no Twitter ontem, após tantas sustentações ruins: "tramita no Supremo uma proposta de emenda regimental para estabelecer o uso do bafômetro antes de o advogado usar a tribuna".
quinta-feira, 26 de abril de 2012
quarta-feira, 25 de abril de 2012
Enquanto isso, no TJ/SP...
Segundo manchete do Estadão, "Ex-presidente do Tribunal de Justiça de SP recebeu R$ 723 mil em um único mês"!
A denúncia do repórter Fausto Macedo fala dos pagamentos que teriam sido recebidos pelo desembargador Roberto Vallim Bellochi na época em que presidia o tribunal paulista.
O jornal afirmou que: "Bellocchi ocupa o primeiro lugar isolado na lista dos contracheques milionários, escândalo que abala o grande tribunal (...) Não há notícia de que outro magistrado tenha recebido tanto".
Como se vê, a temporada de notícias não anda nada boa para o Judiciário brasileiro.
A denúncia do repórter Fausto Macedo fala dos pagamentos que teriam sido recebidos pelo desembargador Roberto Vallim Bellochi na época em que presidia o tribunal paulista.
O jornal afirmou que: "Bellocchi ocupa o primeiro lugar isolado na lista dos contracheques milionários, escândalo que abala o grande tribunal (...) Não há notícia de que outro magistrado tenha recebido tanto".
Como se vê, a temporada de notícias não anda nada boa para o Judiciário brasileiro.
terça-feira, 24 de abril de 2012
Supremo julga cotas para afastar más notícias
Nas férias do editor deste boletim, o Supremo Tribunal Federal (STF) foi destaque na imprensa não por ter julgado causas importantes, mas pelo teor das entrevistas concedidas por dois de seus ministros. Cezar Peluso e Joaquim Barbosa trocaram farpas que fizeram a festa dos jornalistas.
Ouça aqui, por exemplo, a opinião de Salomão Schvartzman, na rádio Band News FM (podcast de 23/4).
Para afastar o tsunami de más notícias, o novo presidente do STF, ministro Ayres Britto, selecionou para amanhã (25/4) - na primeira sessão plenária que presidirá - o julgamento de um tema altamente polêmico: a política de cotas raciais nas universidades públicas.
São duas ações e um recurso extraordinário. Uma das ações foi proposta pelo partido Democratas (o DEM, do senador Demóstenes Torres) e o recurso foi interposto por um estudante reprovado no vestibular da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
Com o julgamento de um assunto tão importante, a mídia voltará a discutir temas jurídicos, afastando-se, ao menos momentaneamente, das declarações pessoais dos ministros sobre seus colegas.
É a melhor maneira para evitar charges como a de Chico Caruso, publicada nesta terça-feira no jornal O Globo:
Ouça aqui, por exemplo, a opinião de Salomão Schvartzman, na rádio Band News FM (podcast de 23/4).
Para afastar o tsunami de más notícias, o novo presidente do STF, ministro Ayres Britto, selecionou para amanhã (25/4) - na primeira sessão plenária que presidirá - o julgamento de um tema altamente polêmico: a política de cotas raciais nas universidades públicas.
São duas ações e um recurso extraordinário. Uma das ações foi proposta pelo partido Democratas (o DEM, do senador Demóstenes Torres) e o recurso foi interposto por um estudante reprovado no vestibular da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
Com o julgamento de um assunto tão importante, a mídia voltará a discutir temas jurídicos, afastando-se, ao menos momentaneamente, das declarações pessoais dos ministros sobre seus colegas.
É a melhor maneira para evitar charges como a de Chico Caruso, publicada nesta terça-feira no jornal O Globo:
terça-feira, 3 de abril de 2012
Férias, boas leituras e retorno dia 23/4
Caros leitores,
Direito na Mídia entra em férias hoje, 3/4, e retoma sua circulação normal somente na segunda-feira 23/4. Neste período, não atualizaremos o blog, nem nosso boletim. Se possível, postaremos algo no twitter @direitonamidia, mas sem preocupação com a periodicidade.


Boa leitura! Retornamos dia 23 de abril.
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