Em maio de 2007, o boletim passou a contar com o apoio do blog, no começo apenas para facilitar o acesso aos textos da seção Vale a leitura! e, a partir de fevereiro de 2008, finalmente o conteúdo foi transferido para esta plataforma, que hoje se encerra.
O fim - Não há um motivo exato para o encerramento do projeto. Acredito que as coisas têm, naturalmente, início, meio e fim. Mas o que certamente deixou este editor cada vez com menos ânimo de continuar escrevendo sobre as notícias jurídicas publicadas na mídia foi a intersecção cada vez maior entre Judiciário e política.
De uns anos para cá, o ato de elogiar ou criticar uma decisão passou a ser confundido com a preferência política de quem comenta. Na verdade, a imparcialidade, que deveria ser a tônica do Judiciário, acabou -- em ruidosos exemplos -- deixada de lado. Poderia citar várias passagens, mas opto por indicar uma última leitura: o excepcional texto "Na prática, ministros do STF agridem a democracia, escreve professor da USP" de Conrado Hübner Mendes, publicado na Folha de S.Paulo de 28/1/2018.
O meio - Os anos de maior produção coincidiram com o período em que a redação de Direito na Mídia funcionava em Brasília: de 2008 a 2012. Desde 2013, com a mudança para São Paulo, as postagens ficaram mais esparsas. Justamente ao mesmo tempo em que o País passou a viver o Fla x Flu que se impregnou nas questões jurídicas e não dá mostras de que tão cedo irá acabar*.
O ponto mais relevante desse período foi a criação e uso constante -- praticamente diário -- de nosso Twitter, que hoje já conta com mais de 6.250 seguidores e, a princípio, é a única plataforma que manterei ativa.
Encerro agradecendo a todos os leitores e colaboradores que estiveram a nosso lado ao longo desses mais de onze anos. Tenham a certeza que nos reencontraremos nos próximos projetos de jornalismo jurídico.
Ricardo Maffeis
_____* Nas palavras de Conrado Hübner, o STF "já não é mais visto como aplicador equidistante do direito, mas como adversário ou parceiro de atores políticos diversos. Desse caminho é difícil voltar".